A Frente Nacional Antirracista, representada pela EDUCAFRO e mais o Centro Santo Dias de Direitos Humanos e Odara Instituto Mulheres Negras, protocolaram no dia 12 de maio, no Tribunal do Trabalho, a primeira ação civil pública da história em que se busca a erradicação do racismo estrutural no ambiente de trabalho no Brasil.
A ação terá como como réu o grupo Atakadão Atakarejo da Bahia, motivada pela morte de Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e seu sobrinho Ian Barros da Silva, de 19. Após a dupla, supostamente, ter furtado peças de carne, foram entregues pela segurança do supermercado para traficantes do bairro de Amaralina, em Salvador. Os corpos foram achados no porta-malas de um carro com marcas de tiro e sinais de tortura.
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As entidades afirmam que “somente um ambiente de trabalho contagiado pela violência racial, permite que empregados recebam ordens para levar pessoas negras para execução”.
A intenção da ação é que medidas contra o racismo sejam tomadas, por exemplo a presença de negros em todos os graus de hierarquia da empresa com a proporcionalidade que reflita a presença preta na sociedade brasileira, além de treinamento focado na aprendizagem dos Direitos Humanos por parte dos funcionários.
Junto às medidas citadas, as entidades intencionam pedir uma indenização de R$207 milhões de reais para serem convertidos em bolsas de estudos para população negra.
Tentamos falar com o Frei Davi, coordenador da EDUCAFRO, mas até o fechamento dessa matéria não conseguimos contato.