O brilho constante das telas de celulares, computadores e televisões tornou-se uma característica inescapável da vida moderna, mas nossos olhos estão pagando o preço. A sensação de vista cansada, o ressecamento e até dores de cabeça são queixas cada vez mais comuns nos consultórios oftalmológicos. Para entender como combater esses sintomas e proteger nossa visão a longo prazo, conversamos com a Dra. Liana Tito Francisco, oftalmologista e Mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, que compartilhou orientações valiosas.
Para quem busca alívio imediato, a Dra. Liana destaca medidas práticas que podem ser facilmente incorporadas à rotina. A primeira, e talvez a mais simples, é a hidratação. “Beber bastante água”, explica a médica, “ajuda a lubrificar os olhos, diminuindo o desconforto”. Além disso, ela recomenda a famosa “regra do 20-20-20”, uma técnica simples para aliviar a tensão ocular. “A cada 20 minutos, a pessoa deve pausar durante 20 segundos e olhar a 20 pés, ou seja, olhar para o horizonte. Essas medidas ajudam a diminuir o desconforto do tempo prolongado de telas”, detalha.
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No entanto, para garantir uma saúde ocular duradoura, é preciso ir além do alívio momentâneo. A prevenção é a chave, e isso envolve uma mudança de hábitos. Uma das principais recomendações da Dra. Liana é criar uma barreira entre a tecnologia e o descanso. “Uma hora antes de dormir, nada de tela”, adverte. Ela também incentiva a busca por um equilíbrio mais saudável entre o mundo digital e o real. “Manter-se mais tempo ao ar livre, praticar atividade ao ar livre e entretenimento ao ar livre ajuda a desconectar, melhora a saúde ocular e reduz sintomas como dor de cabeça que aparecem no final do dia”, afirma.
Embora o cansaço visual seja comum, é fundamental saber quando ele pode indicar um problema mais grave. A Dra. Liana alerta para sinais que não devem ser ignorados, como “dor de cabeça intensa, turbação visual, dificuldade para enxergar” ou perceber que está “pulando a linha ou trocando letras” durante a leitura. Esses sintomas, segundo ela, indicam a necessidade de uma avaliação oftalmológica imediata.
A especialista é enfática ao afirmar que a prevenção é o melhor caminho. “Todos os pacientes, adultos e crianças, devem passar por uma consulta oftalmológica pelo menos uma vez ao ano, independente do tempo de tela”. Para aqueles que apresentam sintomas, o diagnóstico correto pode levar a tratamentos como “o uso de óculos, colírios lubrificantes e exercícios ortópticos”, que são prescritos caso a caso para restaurar o conforto e a saúde da visão.
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