Mundo Negro

‘O último ancestral’: Com edição de luxo, Ale Santos irá lançar seu primeiro romance afrofuturista

O escritor Ale Santos - Foto: Divulgação

Excelência negra na literatura? Temos. Ale Santos é ativista, comunicador digital, autor de sci-fi & fantasia afroamericana lança no mês de novembro, seu novo livro ‘O último ancestral’, um dos seus projetos mais desafiadores que será publicado pela HarperCollins umas das principais editoras do mundo.

A obra se trata de um romance afrofuturista que se passa no Distrito de Nagast, um local dominado por Cygens, seres híbridos de humanos e máquinas, que há décadas criaram uma violenta hierarquia racial e conseguiram suprimir a conexão dos humanos com suas tradições e religiões. A capa do livro foi criada numa parceria entre os ilustradores Rafael Albuquerque e Douglas Lopes.

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Conversamos com o autor sobre o que o público pode esperar de uma obra que inclui até mapas típicos de jogos de RPG, algo sem precedentes no Brasil em se tratando de conteúdo afrocentrado.

Mundo Negro Que tipo de leitor você acha que vai se interessar pelo seu livro?

Coisas que estão na minha vida também, porque eu fui um desse garotos que ficava imaginando como minha vida podia se encaixar nesse mundo da fantasia e Ficção.

Eu sempre penso em crianças periféricas, negras que nem sempre se vem representados em obras de ficção da cultura pop, pensei numa obra mistura a Ficção científica com o imaginário do Hip Hop, do trap, do funk, do pagode”

A obra apresenta um mapa bem detalhado. Pode explicar de que forma ele acompanha o conteúdo do livro?

Eu sou um cortador de mundos de Ficção, é uma das coisas que gosto de fazer e que ajudam nas discussões sobre a narrativa, ajuda a entender o tempo que os personagens gastam para atravessar as regiões e onde eles estão em cada cena.  Na época da escrita do livro eu fiz um rascunho desse Distrito que criei, a editora abraçou e resolveu transformar no mapa oficial, contratou o Douglas Lopes que já é meu parceiro em outras produções para fazer acontecer. Dá pra ver uns lugares interessantes ali, uma Basílica de São Jorge e um Sambódromo, mas não vou contar muito, prefiro que todos leiam e descubram o que acontece lá e como isso vira palco pra Ficção Afrofuturista.

Você imagine essa história se tornando um filme ou uma série?

Eu sou roteirista, atualmente estou envolvido em algumas produções e também já criei uma série de ficção em podcast, as Ficções Selvagens. Acho que  as produções audiovisuais estão ocupando, cada vez mais, o centro da cultura de Scifi no mundo, então eu tô sim olhando pra chegar lá. É onde quero que minhas histórias estejam, o Último Ancestral tem tudo pra ganhar uma adaptação e já tem algumas produtoras e canais lendo a obra e avaliando os direitos. Eu espero muito que alguma dessas conversas evoluam e quem sabe a gente tem uma das primeiras séries afrofuturistas no Brasil.

O livro já está em pré-venda e pode ser adquirido pela Amazon. (clique aqui)

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