A web celebrou o sexto título de campeão de Fórmula 1 conquistado por Lewis Hamilton (34) nesse último domingo (3/11) nos EUA. Ele está apenas um título atrás do recordista Michael Shumacher.
Por ser o único piloto negro da Fórmula 1, há quem cobre dele um posicionamento sobre questões raciais. Felizmente, Hamilton não esconde que o racismo sempre esteve presente na sua vida pessoal e profissional.
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O chefe da Mercedes Toto Wolff, equipe que o piloto atua, disse em entrevista ao site Telegraph que Hamilton carrega em si as cicatrizes do racismo:
“Se isso acontecer a uma criança de oito ou 10 anos, ela deixa cicatrizes que não desaparecem. Se, quando criança, você precisa superar a discriminação por abuso, por um lado, faz de você uma personalidade mais forte. Por outro lado, também deixa cicatrizes. Hoje, Lewis tem uma perspectiva boa e madura, mas as cicatrizes certamente estão lá”, acredita Wolff.
Não foram poucos os momentos que o próprio Hamilton deu ao racismo o crédito por muitas dificuldades em suas corridas. Quando perguntado o motivo pelo qual ele havia sido penalizado no Grande Prêmio de Mônaco de 2011, ele respondeu com tom irônico : “Talvez seja porque eu sou negro”.
O piloto também se posicionou sobre um episódio de racismo ocorrido durante as eliminatórias da EuroCopa 2020, onde a torcida de Montenegro cantou termos racistas contra os jogares negros do time da Inglaterra.
“É insano pensar que nestes tempos o racismo ainda é algo muito proeminente no mundo. Está realmente aqui, no mundo todo. É triste de ver. Não parece que vai mudar muito nos próximos anos. É ótimo ver gente se levantando e dando apoio, mas não parece ser algo que mudará em curto prazo, o racismo está longe de acabar”, afirmou o piloto hexacampeão.
E para não restar dúvidas sobre seu orgulho negro, Hamilton tem em seu Insta uma foto ao lado da apresentadora Oprah Winfrey com a legenda : “Oprah para Presidente”.