Juntamente com o showrunner Luis Lomenha, a Netflix anunciou nesta tarde de quarta-feira (27), o início de um novo projeto de ficção inspirado na tragédia que ficou conhecida como a “Chacina da Candelária”.
Dirigida por Lomenha e Marcia Faria, a produção acompanha as 36 horas que antecedem a tragédia pelo ponto de vista de quatro crianças. Oriundos de lares desestruturados, esses jovens encontram nas ruas do Rio de Janeiro, e na companhia mútua, uma forma de tocar a vida e, quem sabe, alcançar seus sonhos e viver aventuras – até terem seus futuros interrompidos por uma chacina de repercussão mundial.
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A Chacina da Candelária aconteceu em 1993, na madrugada de 23 de julho, quando oito meninos de rua que dormiam em frente à Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, foram mortos a tiros.
Com título ainda em definição, a minissérie de quatro episódios vai misturar realismo, fantasia e afrofuturismo como uma inovação estética para contar a trajetória de crianças que, nessa narrativa, representam milhões de pessoas que vivem nas ruas das grandes metrópoles brasileiras.
“A infância é sinônimo de esperança. É o hoje, o amanhã e o depois. Uma sociedade que se silencia diante da morte de crianças pretas é um agrupamento de desumanos, um sodalício que precisa de um novo começo”, afirma Lomenha.
Para desenvolver o projeto, Lomenha reuniu alguns dos sobreviventes com os roteiristas Renata Di Carmo, João Santos, Luh Maza, Dodo Azevedo e Igor Verde. O roteiro desse drama que cruza cenas de ação, elementos oníricos e realidade surgiu a partir do relato dessas experiências.
Com início das gravações em 2022, a minissérie terá protagonistas interpretados por jovens negros que ainda não atuaram no mercado do audiovisual, selecionados após cinco meses de parceria com diversos grupos artísticos da periferia do Rio de Janeiro. Cada episódio também contará com participações especiais de nomes renomados do entretenimento brasileiro.