Pelo menos quatro partidos políticos estão tentando contato com Givaldo Alves de Souza, o morador de rua que foi agredido pelo personal trainer Eduardo Alves, em Planaltina, Distrito Federal. Instituições políticas desejam lançar Givaldo como candidato a deputado federal ou estadual nas próximas eleições. A informação é do colunista Caio Barbieri, do jornal Metrópoles. Não foram reveladas quais seriam as siglas interessadas na ação.
O caso do morador de rua ganhou destaque na mídia ao longo da última semana, após o mesmo ter sido flagrado mantendo relações sexuais com a esposa do personal trainer. Em entrevista ao Metrópoles, Givaldo negou acusações de estupro e declarou que relação foi consensual. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso [estupro]. Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, afirmou. Ainda no viés político, o sem-teto também declarou apoio a Bolsonaro, se classificando como um eleitor do atual presidente.
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“Naquela noite, ao passar pelo terminal rodoviário, eu ouvi uma voz que insistentemente gritava: ‘Ei, moço, moço’. Eu olhei para trás e vi uma moça linda demais, então perguntei para ela se estava falando comigo, ela disse que sim e eu esperei. Quando ela chegou até mim, perguntei no que poderia ajudá-la, e ela respondeu: ‘Quero namorar com você’. Eu falei que era morador de rua, mas ela disse que não ligava e que queria namorar comigo”, contou o sem-teto.
O personal declarou à polícia que, na noite do ato, achou que se tratava de um abuso sexual. Câmeras de segurança registraram o ataque de fúria do profissional físico, que acabou espancando Gilvaldo. “Do jeito que o cara fez, ele expôs a vida dele e a vida dela. (…) Eu não fiz nenhum mal para ser agredido”, enfatizou o morador de rua. “Eu acho que esse senhor deveria rezar para Deus e pedir sabedoria para agir num momento de desespero, porque o senhor pôs tudo a perder e se expõe usando mentiras”.
O caso, amplamente viral nas redes socais, ocorreu no dia 14 de março. Machuado, Givaldo foi levado ao hospital da região, onde permaneceu por três dias. Após receber alta, Givaldo foi acolhido em um abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade social.