Coroada Miss Universo São Paulo, na madrugada de quinta-feira, 25, a modelo Milla Vieira, 33, tem sofrido inúmeros ataques racistas nas redes sociais. Vieira tem sido mencionada em publicações com textos que destilam ódio e racismo contra ela, os criminosos estão publicando vídeos e montagens de fotos que agridem a miss no Instagram, Facebook e TikTok, além de afirmarem que ela venceu o concurso por ‘Cotas’.
Nas redes sociais, Milla questionou as motivações dos ataques e agradeceu o apoio das pessoas que se solidarizaram com ela: “Por que tanto incômodo? Por que tanto ódio? Internet não é terra sem leis, e os responsáveis serão, sim, penalizados. Aqui a ‘cultura do ódio’ não se perpetuará. Obrigada a todos que estão me apoiando”.
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Diante das reações criminosas, as organizações do Miss Universo Brasil e do Miss Universo São Paulo publicaram uma nota na tarde da última segunda-feira, 29, em repúdio aos ataques e afirmando que apoiarão Milla Vieira na tomada de providências legais contra os criminosos: “Expressamos nosso total apoio a Milla Vieira e a todos que enfrentam o racismo diariamente. Apoiaremos também Milla na tomada de providências legais a despeito das agressões que vem sofrer”, diz um trecho da nota.
A nota também afirmava que a Miss, que representava o município de São Bernardo do Campo, foi eleita por possuir todas as competências necessárias para ocupar o posto: “Milla Vieira detém beleza excepcional e é a candidata que possui todas as competências para ocupar este posto de tanta responsabilidade”.
“As críticas e mensagens negativas direcionadas a Milla Vieira são um reflexo claro de um preconceito enraizado. É doloroso perceber que essas mesmas características eram vistas em uma mulher branca, as relações certamente seriam menos hostis e depreciativas”, continuava o texto.
Gerson Antonelli, CEO do Miss Universo Brasil, endossou a publicação do estadual e também se manifestou por meio de nota e vídeo sobre a situação de Milla. “Não permitimos qualquer tipo de preconceito e, principalmente, racismo, que é considerado crime de acordo com a Lei Federal 7.716/89, contra nossas candidatas”, afirmou em texto postado no perfil do evento nacional.