Cada diz mais temos misses negras se posicionando sobre questões raciais e sociais. A Miss Jales,cidade do interior de São Paulo) e técnica agropecuária Iamonike Helena. Com 23 anos e consciente de sua beleza, ela usa seu título de Miss como facilitador para realização de projetos sociais.
Confira esse bate papo entre ela e nosso colaborador Luiz Mendonça (@luizrenatomendonca)
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Você sempre sonhou ser Miss?
Na verdade sempre fui modelo, ser miss foi algo inesperado porém muito bem vindo! Sempre fui motivo de piadas na infância e na minha adolescência. Então comecei a usar o título de miss para desenvolver projetos sociais focados na autoestima de crianças e adolescentes.
Quem eram suas referências de beleza negra?
Sempre gostei de apreciar mulheres negras no poder, Oprah, Naomi, Michele Obama, Glória Maria. Sempre me inspiraram a me tornar uma pessoa cada vez melhor! Sempre dizia que elas conseguiram eu também conseguiria!
Sentiu preconceito alguma vez como miss ou modelo?
Eu sempre soube do preconceito nos concursos de misses, mais não tinha NOÇÃO, do tamanho do preconceito. Se eu aliso meu cabelo estou renegando a origem, se eu uso crespo sou a pobre. Recebi muitas mensagens preconceituosas. E como modelo muitas vezes ouvia estilistas dizerem que tinham que por pelo menos um negro no casting senão pagariam multa.
Em seu reinado como Miss Jales você abraçou causas sociais, foi a escolas etc. Como foi está experiência?
Tento olhar pelo lado mais positivo possível o resultado do miss, quando voltei pra Jales e vi o respeito conquistado.