O Ministério Público Federal (MPF), pediu nesta quarta-feira (3/1), a condenação do apresentador e influenciador Júlio Cocielo, por conta de publicações consideradas racistas no antigo Twitter, atual X, entre os anos de 2011 e 2018. Em setembro de 2020, Cocielo virou réu acusado de racismo por causa das postagens. Em um dos comentários, ele afirmou afirmou: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.
O MPF identificou nove vezes em que Cocielo teria feito a prática de preconceito racial. Entre os mais famosos está uma frase direcionada ao jogador Mbappé. “Conseguiria fazer uns arrastão top na praia, hein”, publicou ele à época, referindo-se ao atleta. Além disso, outras postagens como “nada contra os negros, tirando a melanina…”, também foram citadas pelo MPF no processo.
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O MPF considera que Cocielo praticou ‘racismo recreativo’. “Ainda que o réu seja humorista, não é possível vislumbrar tom cômico, crítica social ou ironia nas mensagens por ele publicadas. Pelo contrário, as mensagens são claras e diretas quanto ao desprezo do réu pela população negra”, disse o procurador da República João Paulo Lordelo, responsável pela ação.
A defesa de Cocielo ainda não se pronunciou. Caso condenado, a pena pode ser de até cinco anos de prisão.