Texto: Carolina Viana
Uma floresta mística, duas meninas de épocas diferentes e uma jornada espiritual guiada pelos Nkisi — recipientes sagrados que guardam espíritos ancestrais. Assim começa a narrativa de “Mfinda”, o primeiro afrime (afro-anime) já anunciado, e que promete revolucionar a representatividade negra no universo da animação.
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Produzido pela N LITE, empresa multimídia criada por Christiano Malik, o longa é uma coprodução com o Japão e conta com nomes de peso na equipe. A atriz e produtora Viola Davis se une ao projeto por meio da JuVee Productions, ao lado de Masao Maruyama, lenda da animação japonesa e cofundador dos estúdios Madhouse e MAPPA, responsáveis por obras como Tokyo Godfathers.
Ambientado na República Democrática do Congo dos anos 1970, o filme acompanha Odi, uma menina de 12 anos em meio a uma crise familiar durante um momento de instabilidade política. Ao se ver em perigo, ela é transportada para Mfinda, uma floresta ancestral e espiritual no reino pré-colonial congolês. Lá, encontra Nasambi, jovem de outro tempo. Juntas, enfrentam forças sombrias em busca dos mágicos Nkisi — que podem ser a chave para retornar ao mundo real.
Segundo Malik, a N LITE nasceu da ideia de “iluminação”, palavra que atravessa tanto filosofias budistas quanto saberes afro-indígenas, e que inspira a missão da empresa: criar histórias que mostrem o mundo como ele é, e como sonhamos que ele seja. “Mfinda” é só o primeiro passo. A N LITE já planeja parcerias para desenvolver novas animações e séries focadas em culturas negras e indígenas ao redor do mundo.
Ainda sem data de estreia, “Mfinda” já está entre os lançamentos mais esperados por quem acompanha o avanço da representatividade preta na animação global. Um afrofuturismo animado, ancestral e inédito.
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