Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas. Logo que a menina sai do seio de sua casa, ela se depara com os desafios impostos pelos discursos e práticas de uma sociedade racista: O negro é visto como diferente e fora do “padrão”. Por meio desta personagem os autores apresentam histórias da cultura africana que fazem parte da construção da identidade do povo brasileiro.
A menina, que recebeu um nome africano percebe, ao chegar na escola, que todos riem do seu nome. Ela não entende o porquê e, com ajuda da sua família, Maalum vai descobrir o significado de suas raízes, fazendo com que a tristeza se transforme em orgulho através da sua ancestralidade.
Notícias Relacionadas
Dedicado para crianças e famílias negras, o livro da escritora e psicóloga Magna Domingues e do produtor audiovisual Eduardo Lurnel, foi lançado, virtualmente, dia 14 de março, às 16h, através do Google Meet. O lançamento contou ainda com a apresentação de Raphael Moreira e convidados.
Ainda vivemos em uma sociedade racista que oprime física e psicologicamente a população negra. Essa história pretende contribuir para a luta antirracista de forma lúdica e bela, por todas as meninas e meninos negros. Além de falar da autoestima das meninas negras, este livro infantil trás em um debate pouco usual quando falamos de crianças que sofrem racismo. – Afirma a autora Magna Domingues
Com posfácio do doutor e autor Renato Noguera, o livro “Meu nome é Maalum” apresenta uma protagonista negra livre de estereótipos e estigmas. Além das famílias, o livro também é indicado para educadores, escolas, redes de ensino e agentes culturais que entendem que as pautas identitárias das crianças negras são fundamentais para a transformação da sociedade.
Mesmo com um número significativo de obras infantis que tratam essas questões, o livro chega ao público interessado em trabalhar o significado dos nomes africanos, já que, muitas famílias contemporâneas decidem nomear seus filhos fazendo referência a sua história ancestral.
Receber um nome africano no Brasil significa pertencer a uma família que reconhece a força e importância da ancestralidade e de sua origem diaspórica. Nomear também pode ser um ato político e uma forma de ser colocar no mundo. – Afirma Eduardo Lurnel, autor do livro.
O livro está disponível por R$ 40.00.