A ginasta brasileira de 22 anos, Rebeca Andrade, ficou em quinto lugar na final do solo de ginástica artística das Olimpíadas de Tóquio. Andrade entrou com um collant rosa, amarelo e branco, radiante, sorridente e segura. Um pequeno passo para trás deixou Rebeca fora do pódio.
A guarulhense encerra sua participação na competição como a ginasta brasileira mais vencedora da história das Olimpíadas (prata no individual e ouro no solo) e deixa aberta as portas para que mais mulheres negras brasileiras tentem praticar um esporte ainda muito restrito a clubes de elite. “Vai inspirar muitas pessoas, eu estou fazendo a diferença assim como outras pessoas fizeram para que eu estivesse aqui, por eu ter sido inteligente para não deixar ela passar. Eu estou muito grata e muito feliz”, disse Rebeca em entrevista à Globo.
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Sem abandonar o sorriso do rosto, a ginasta não escondeu a felicidade por estar onde está. “Eu estou feliz com todas as apresentações que eu fiz desde o primeiro dia. Essa alegria vem de dentro para fora. Eu amo me apresentar no solo. Estou levando para casa duas medalhas inéditas e estou muito feliz”, declarou.
A norte-americana Jade Carey confirmou o favoritismo e conseguiu 14.366 dos juízes. Ela foi seguida pela italiana Vanessa Ferrari que cravou a nota de 14.200. A japonesa Mai Murakami e a russa Angelina Melnikova empataram na terceira posição, com 14,166 pontos. “É como se eu tivesse ganhado a medalha”, sobre a medalha das colegas.”Qualquer uma que ganhasse ia merecer”, disse Rebeca Andrade sobre o resultado final e demonstrou gratidão mais uma vez: “Agradeço as orações e juro que eu senti e por isso eu me saí tão bem”, concluiu.