Mundo Negro

Maria Gal estreia talk show com a proposta de dialogar sobre o protagonismo negro

Maria Gal - Foto: Thiago Bruno.

Com a ideia de dialogar sobre diversidade, protagonismo negro e racismo, a atriz, apresentadora e criadora de conteúdo Maria Gal se prepara para estrear, no próximo dia 26 de maio, o programa ‘Preto no Branco”, no BandNews TV. O talkshow que marca a estreia de Gal como apresentadora de TV e showrunner celebra a semana em comemoração ao Dia da África. O programa fará parte da programação das noites de quinta-feira do canal a cabo, sempre às 23h30, com reprise aos domingos. Nomes como Liliane Rocha, o jogador Aranha, Renato Meirelles, Julio César Andrade, Erica Malunguinho, Gabriela Moura, Felipe Silva, sócio e fundador da agência Gana e a Advogada Cláudia Luna estão entre os entrevistados.

“Estou muito feliz de iniciar o programa. Tenho o costume de dizer que é um programa de letramento disfarçado de talk show. Este projeto foi pensado após vários acontecimentos e manifestações ocasionados pelo assassinato de George Floyd, do músico Edvaldo dos Santos e da menina Agatha dos Santos. Toda vez que nos deparamos com as notícias, sempre somos surpreendidos por tragédias decorrentes do racismo”, analisa a apresentadora.

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Com seis episódios na primeira temporada, o ‘Preto no Branco’ tem como proposta ampliar a discussão sobre pautas raciais na televisão e fomentar a conscientização da população sobre a urgência em tratarmos demandas de inclusão e diversidade na sociedade. Serão abordados temas como racismo e finanças, intolerância religiosa, racismo no esporte, racismo na publicidade e privilégio branco, sempre com a participação de convidados no teatro e, também, de forma remota.

Maria Gal – Foto: Thiago Bruno.

O programa é produzido pela produtora de Maria Gal, a Maria Produtora, que quebrando o paradigma do audiovisual brasileiro que tem majoritariamente em suas produções pessoas brancas, a produção de Preto no Branco tem em sua equipe 58% de profissionais negros e 42% de brancos. Mulheres negras são 76% da equipe feminina.

De acordo com Maria, o formato foi inspirado na série americana “Uncomfortable Conversations with a Black Man”, de Emanuel Acho, na série documental EUA – A luta pela liberdade e no “The Oprah Conversation”, da apresentadora e jornalista Oprah Winfrey. Produções que utilizam entrevistas para debater temas relevantes, com pessoas dos mais variados perfis, como celebridades, executivos e especialistas, para extrair diálogos de grande importância com temáticas que influenciam o mundo.

O audiovisual brasileiro precisa de mais representações e, principalmente, para a população negra, é imprescindível se sentir representada. Este será só o começo para abrirmos um leque de possibilidades para novos recomeços e novas histórias serem contadas, dentro de uma ótica que não seja pautada pelo noticiário policial”, enfatiza Gal.

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