Marize Araújo, mãe de Edson Davi, menino de 6 anos que desapareceu na praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (4), deu entrevista para o programa “Encontro com Patrícia Poeta” nesta segunda-feira e lamentou a falta de informações sobre o filho. “Até agora, [não tenho] nenhuma resposta. Já faz mais de 72 horas e eu não tenho resposta nenhuma”, disse a mãe.
Os pais de Davi são donos de uma barraca na praia onde ele desapareceu. O pai estava trabalhando e Marize ficou em casa com o filho caçula que havia acordado com uma crise alérgica. “Meu filho [Davi] me ligou várias vezes nesse dia para eu ir para a praia”, contou.
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Momentos antes de sumir, o garoto foi visto pela última vez brincando na areia com outras duas crianças, que estavam acompanhadas de um homem estrangeiro. A primeira hipótese era que Davi poderia ter sido sequestrado, entretanto, ela foi descartada após um vídeo registrar o homem ir embora sem o menino. Agora as investigações apontam para um possível afogamento. Os bombeiros entraram no quarto dia de buscas.
Em contato com a família no dia, a mãe narrou o momento em que soube quando o menino havia desaparecido. “Foi uma sequência de três ligações. 15 minutos depois, liguei novamente e quando tentei falar, ele atendeu [o pai], mas não falava mais. Eu já escutava no fundo da ligação ele gritando pelo barraqueiro do lado ‘cadê meu filho? Meu filho sumiu'”, lembrou.
“Eu tô vivendo um carrossel de emoções. Eu tô igual a um trem desgovernado. Porque uma hora eu estava acreditando em um sequestro. E aí depois segue a suspeita de afogamento. Porque nesse dia o mar estava agitado. Meu marido fala que ele estava só na beirinha. Eu não sei o que pensar mais”, lamentou. “Tudo o que eu queria saber é o que aconteceu com o meu filho. Eu não tô tendo paz. Me ajudem a descobrir o que aconteceu com meu filho. Eu não me conformo”, completou.
A mãe também relatou o descaso no primeiro dia em que Davi sumiu. “Cheguei lá [na praia] e tinha dois salva-vidas de plantão, bem descontraídos, parecia que não tinha uma criança desaparecida. Só depois do meu desespero que eles começaram a me dar um apoio, uma atenção maior. E a praia estava vazia quando eu cheguei. Então, se caso meu filho se afogou, naquela tarde, foi numa praia vazia diante de dois salva-vidas. Eu não consigo entender”, cobrou.