Lançado pela Editora Segundo Selo como parte das comemorações de seus 12 anos, o livro “Modernismo Negro”, do poeta e intelectual Jorge Augusto, propõe uma releitura do modernismo brasileiro a partir das tensões raciais e sociais presentes na obra do escritor Lima Barreto (1881-1922). A obra, que já está disponível ao público no site da editora, se debruça sobre as críticas à modernidade brasileira, articulando três eixos centrais: o movimento modernista de 1922, a literatura negra e a produção barretiana.
Com orelha assinada por Muniz Sodré, prefácio de Leda Maria Martins e posfácio de Henrique Freitas, o livro é apontado como uma contribuição fundamental para os estudos literários no país. Segundo Jorge Augusto, a obra busca “estruturar um diálogo tensivo” entre esses temas, conceito que o autor vem desenvolvendo há anos sob a alcunha de “Modernismo Negro”.
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Para Muniz Sodré, trata-se de “um dos mais importantes estudos sobre o modernismo brasileiro”, enquanto Leda Maria Martins destaca o tom “insurgente e polêmico” da análise, feita com “argúcia e sagacidade”. Já Henrique Freitas enxerga na publicação um passo relevante para o que chama de “abolicionismo epistemológico” na crítica literária nacional.
O lançamento ocorreu na Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador, no último dia 17, com programação cultural que incluiu um pocket show da cantora Carvalho, acompanhada pelo músico Daniel Santana, além de leituras de trechos por Fernanda Miranda (UFBA), Osmundo Pinho (UFRB) e Henrique Freitas (UFBA). O bate-papo com o autor teve mediação da poeta Vânia Melo.