A tutela da ex-apresentadora Wendy Williams permanece em vigor após a conclusão de uma avaliação médica que confirmou seu diagnóstico de demência frontotemporal (DFT) e afasia, conforme documentos judiciais publicados na última quarta-feira (14) pela revista People.
A análise, que incluiu uma série de exames neurológicos e de imagem cerebral, foi concluída recentemente, mas o laudo completo não foi divulgado. De acordo com a publicação, Williams recebeu o diagnóstico inicial de DFT e afasia em 2023. Sabrina Morrissey, tutora legal de Williams desde maio de 2022, solicitou à Justiça a extensão da tutela por mais três meses, até 5 de novembro. No entanto, o processo enfrenta resistência de familiares e do ex-marido da apresentadora, Kevin Hunter, que questionam a legitimidade da tutela e a atuação de Morrissey.
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A disputa judicial ganhou novos contornos após Williams ser levada a um hospital em março, após uma intervenção policial em sua casa de repouso. No dia seguinte, ela telefonou para o programa Good Day New York, afirmando ter passado por testes de competência mental e declarando-se “cognitivamente prejudicada”, mas capaz. “Passei com louvor!”, afirmou Williams na época, pedindo que sua cuidadora, Ginalia Monterrosa, explicasse a situação. Monterrosa, porém, afirmou que os exames confirmaram a incapacidade da apresentadora.
Batalha judicial e alegações de abuso
Em fevereiro de 2024, a equipe médica de Williams revelou publicamente seu diagnóstico de DFT e afasia progressiva. Desde então, Morrissey tem enfrentado desafios legais, incluindo um pedido de Hunter, em junho, para revisão da tutela.
Hunter moveu uma ação alegando que Williams é vítima de “abuso, negligência e fraudes financeiras” sob a tutela atual. O processo, que não busca o fim da medida, pede a nomeação de um novo tutor imparcial, acesso aos registros médicos e financeiros, e indenização de US$ 250 milhões por danos morais e financeiros.
“A tutela é uma morte civil”, afirma a denúncia, que cita mais de 28.000 adultos sob tutela em Nova York como potencialmente vulneráveis a abusos. LaShawn Thomas, advogado de Hunter, admitiu que Williams “não tem conhecimento total das evidências” que embasam a ação, mas prometeu “garantir que seus direitos sejam justificados”.
Disputa sobre documentário
O caso ganhou atenção adicional após a exibição do documentário Onde Está Wendy Williams?, no Lifetime, em 2023. Morrissey tentou bloquear a veiculação, alegando que a apresentadora não tinha capacidade legal para autorizar o projeto.
Williams, que já comandou um dos talk shows mais populares dos EUA, segue afastada da TV. Seu último pronunciamento público foi em fevereiro, quando negou estar “incapacitada” durante entrevista ao The Breakfast Club. Horas depois, Morrissey solicitou uma nova avaliação médica.
O tribunal deve decidir em breve sobre a extensão da tutela e os próximos passos no litígio.