Mundo Negro

Justiça suspende cassação de Renato Freitas, vereador acusado de invadir igreja em Curitiba

Vereador Renato Freitas. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC.

Nova decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), anunciada nesta terça-feira (5), suspendeu as sessões da Câmara Municipal de Curitiba que, em junho, cassaram o mandato do vereador Renato Freitas (PT). De acordo com a desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, as sessões citadas foram canceladas por “procedimento incompatível com o decoro parlamentar”.

Anteriormente, Renato foi cassado pelo plenário da Câmara por quebra de decoro parlamentar, após o Conselho de Ética concluir que o parlamentar perturbou celebração religiosa e realizou manifestação política no interior da Igreja do Rosário no dia 5 de fevereiro, durante manifestação contra o racismo no centro de Curitiba. Durante a ocasião, Renato participou de uma ação lembrando as mortes do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe e de Durval Teófilo Filho.

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A sanha punitivista e racista que motivou os vereadores contra mim, fez com que o presidente da Câmara e a base do prefeito enfiassem os pés pelas mãos, mais uma vez“, publicou Renato através das redes sociais. “Ao contrário dos que torciam pela vitória do fracasso, estamos de volta, ao contrário dos julgamentos infelizes e hipócritas, ESTAMOS DE VOLTA”.

“A defesa sempre confiou na Justiça paranaense, posto que, conforme até mesmo alertado antes da realização da malfadada sessão, havia grave ilegalidade em convocá-la com tamanho açodamento e precipitação”, publicou a defesa do parlamentar em nota. “Essa atitude, ao lado de várias outras que foram presenciadas durante esse processo, revela que a condição do vereador —negro e de origem humilde— parecem ser mais decisivas para o desenrolar do processo do que os atos que o vereador cometeu”.

Ainda em fevereiro, Renato Freitas pediu desculpas pelo ocorrido dentro da igreja em Curitiba e explicou que a ação aconteceu de forma espontânea. “Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas, e para essas pessoas eu sinceramente e profundamente peço perdão. Desculpa. Não foi, de fato, a intenção de magoar ou de algum modo ofender o credo de ninguém. Até porque eu mesmo, como todos sabem, sou cristão”, disse ele. “Tudo aconteceu de forma espontânea, as pessoas entenderam que passar a mensagem da valorização da vida dentro da igreja seria adequado”.

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