Mundo Negro

Jogadores brasileiros na Ucrânia pedem ajuda do governo para deixar o país após ataques da Rússia

Foto: Reprodução.

Jogadores de futebol brasileiros que atuam em clubes ucranianos e suas famílias publicaram um vídeo nas redes sociais pedindo ajuda do governo brasileiro para deixarem o país. A Ucrânia começou a sofrer ataques do exército Russo na madrugada de quarta para quinta-feira (24).

No vídeo, os jogadores que atuam no Shakhtar Donetsk, no Dynamo de Kiev e no Zorya, falam sobre a situação em Kiev. “A gente está hospedado num hotel devido a toda situação, existe uma falta de combustível na cidade, fronteiras fechadas, espaço aéreo fechado, então não tem como a gente sair. A gente pede que o governo brasileiro possa nos ajudar”, diz o zagueiro Marlon, ex-jogador do fluminense.

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“Nos sentimos realmente abandonados, porque não sabemos o que fazer. As notícias não chegam até nós, a não ser as do Brasil. Saímos com uma peça de roupa e não sabemos como vamos resolver a situação”, desabafa a esposa de um dos jogadores.

Em outro vídeo, jogadores do Zorya, na cidade de Zaporizhzhya  fazem o mesmo apelo. “Pedimos que vocês compartilhem este vídeo, para que chegue nas autoridades brasileiras e na embaixada”, conclui o defensor Juninho.

Entenda o caso — O conflito entre Rússia e Ucrânia começou mais efetivamente no final de 2021, quando o presidente Vladmir Putin começou a reunir militares nos arredores da Ucrânia, com a justificativa de manter a paz em regiões separatistas do país. Na madrugada desta quinta-feira (24), ele ordenou a invasão do território ucraniano e, em vídeo, disse que os países que se envolverem no conflito terão “consequências nunca antes experimentadas na história”.

Putin também disse que “todas as decisões já foram tomadas e que os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias”.

Já o presidente ucraniano Volodymyr Zenlensky declarou que o país está sob lei marcial, ou seja, quando regras de guerra substitutem as leis do país, e pediu que a população se mantenha calma. Ele também convocou cidadãos para a luta armada, pediu doações de sangue e que vai fornecer armas aos cidadãos que desejarem.

“Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país. […] Hoje cada um de vocês deve manter a calma. Fique em casa se puder. Nós estamos trabalhando. O exército está trabalhando. Todo o setor de defesa e segurança está funcionando”, disse em comunicado.

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