Após ganhar projeção nacional por meio do Big Brother Brasil 22, Jessilane Alves passou por uma série de transformações em sua vida. A professora de biologia, que agora trabalha utilizando sua imagem como influenciadora, conta que está vivendo um momento desafiador e muito novo. “Eu não imaginava como seria a vida após o programa [BBB 22], é tudo muito intenso e eu estou aprendendo a lidar com esse novo lugar que eu me encontro e estou gostando muito“, diz Jessi em entrevista para o MUNDO NEGRO.
“Nesse primeiro momento pretendo trabalhar, também no mundo artístico mas principalmente com educação, que é o que eu já fazia”, enfatiza Jessilane, ao destacar a forma como deseja apresentar sua imagem ao público daqui pra frente. “Então vou continuar sim falando sobre Libras, sistema educacional brasileiro e a própria biologia, porém de uma forma diferente, quero realizar trabalhos voltados para essas áreas, e inclusive usar o mundo artístico para promover marcas que estão diretamente relacionadas a esses assuntos, mas também estou aqui para experimentar o novo. Voltar para a sala de aula neste momento não é um dos meus objetivos, acredito que uma das formas de usar essas oportunidades que tenho agora a meu favor, é trabalhar para que eu tenha estabilidade financeira para poder um dia voltar a sala de aula tradicional única e exclusivamente por amor“.
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Morando em São Paulo, a ex-BBB diz que decidiu se mudar para a cidade por conta das oportunidades em torno do seu atual trabalho. “Além de ser o lugar onde as coisas acontecem em relação a trabalho, acho que possibilidade de vir para cá é muito interessante, porque eu gosto de mudanças e gosto de não me sentir sempre no mesmo lugar, então acredito que ter me mudado vai muito além disso, mexe na vida como um todo e conhecer novos ares também é importante.“
Ao MUNDO NEGRO, Jessi também conta detalhes sobre seus planos para o futuro, as mudanças pós BBB, as questões sociais, o desejo em seguir carreira artística e como utilizará a educação para firmar sua imagem no mercado publicitário.
MUNDO NEGRO: Você é muito mergulhada em questões sociais, como deseja trabalhar esse seu lado agora que ganhou uma projeção tão grande com o BBB 22?
Jessilane: Eu continuarei falando sobre todas essas questões sociais que eu já levantava no programa ou que me constituem, mas agora trazendo elas para esse lugar que eu me encontro, fazendo com que elas tenham mais espaço para que a gente consiga reforçar todos esses assuntos. Um deles é a educação, e eu continuarei sendo educadora e professora, porém agora trazendo a minha profissão para esse outro lugar, espero conseguir fortalecer essas questões com a projeção que o programa me proporcionou.
Aliás, nos conte sobre seus projetos futuros, ainda pensa em voltar para a sala de aula? Se vê trabalhando no mundo artístico?
Nesse primeiro momento pretendo trabalhar, também no mundo artístico mas principalmente com educação, que é o que eu já fazia. Então vou continuar sim falando sobre Libras, sistema educacional brasileiro e a própria biologia, porém de uma forma diferente, quero realizar trabalhos voltados para essas áreas, e inclusive usar o mundo artístico para promover marcas que estão diretamente relacionadas a esses assuntos, mas também estou aqui para experimentar o novo. Voltar para a sala de aula neste momento não é um dos meus objetivos, acredito que uma das formas de usar essas oportunidades que tenho agora a meu favor, é trabalhar para que eu tenha estabilidade financeira para poder um dia voltar a sala de aula tradicional única e exclusivamente por amor.
Você sempre destacou a importância da educação na vida das pessoas, como você avalia o cenário brasileiro e a educação pública de forma geral?
Eu vejo que a gente tem avançado em muitas áreas da educação, entretanto em alguns pontos ainda há uma regressão. Acredito que a gente tem que continuar lutando para que a educação tenha o devido lugar e relevância que deveria ter, principalmente a educação pública brasileira, desde a educação básica até o ensino superior. A gente ainda tem que lutar muito sim, tem que levantar a bandeira, tem que ter políticas públicas favoráveis à entrada e permanência de estudantes na escola. Ainda há muito a se fazer, mas aos poucos estamos evoluindo.
Observamos que você colocou e tirou tranças depois que saiu do BBB 22, como tem aproveitado esses novos acessos a experiências ligadas a moda e beleza? Tem algo novo que você não vive mais sem?
Eu estou amando experimentar coisas novas! A saída do programa me deixou com um mundo de coisas novas para que eu possa experimentar, essas experiências ligadas à moda e beleza estão me deixando muito instigada. Recentemente veio a notícia do São Paulo Fashion Week, que me deixou super empolgada, é muito curioso porque eu nunca imaginei e agora aconteceu, estou muito feliz. Eu tenho mudado o visual, tentado experimentar mais maquiagens e looks que talvez eu não usaria, estou me dando esse espaço para experimentar e para viver o novo.
Tem algo na sua rotina antes do BBB 22 que sente falta?
Sinto falta da rotina de horários, eu estava muito acostumada com a minha rotina de acordar no mesmo horário, em dar aula das 7h da manhã às 17:30h da tarde, e agora costumo brincar dizendo que já não tenho mais um horário definido em relação aos dias que vou trabalhar. Outra coisa que sinto falta é de ensinar, tanto que qualquer oportunidade que eu tenho de explicar alguma coisa para alguém, eu estou por aí ensinando (risos).
As mulheres negras formaram um núcleo forte de apoio e amizade dentro do BBB. Essa amizade continua fora do jogo? E qual a importância da sororidade na sua vida como um todo?
As meninas foram muito importantes para mim, principalmente nós três (eu, Lina e Natália) mulheres pretas que passamos muitas vezes pelas mesmas dores, anseios, ou que de alguma forma conseguimos compreender o que a outra sente e passa. Estarmos juntas e se fortalecendo foi muito importante, aqui fora nossa amizade continua, trocamos mensagens e quando conseguimos, nos encontramos pessoalmente.
Para mim é muito importante essa sororidade, não só em relação as minhas meninas mas em relação ao todo, por que de alguma forma eu sinto que a gente é criada e construída socialmente para que haja uma competição entre nós mulheres, sendo que já é tão tudo muito difícil pra gente, então construir essa base de apoio, de uma apoiar a outra e entender as dores de cada uma é de uma importância muito grande.
Pra finalizar, nos conte, o que podemos esperar da Jessi daqui pra frente?
Vocês podem esperar muitas novidades, vai vir muita coisa boa, não vou dar spoiler. Mas uma coisa que é fato, é que eu estou disposta, então todas as coisas estiverem ao meu alcance, eu quero experimentar e me jogar! Viver tudo que o que o pós me proporcionar, assim como eu vivi tudo que o programa me proporcionou. Costumo dizer que eu sou intensa e eu sou entregue, então vou viver intensamente da maneira mais entregue tudo que tenho para viver.