Mundo Negro

Janja da Silva, Benedita da Silva e Rachel Maia falarão sobre equidade de gênero em evento do Pacto Global da ONU, Rede Brasil, em NY

Foto: Reprodução

O Brasil fará parte do maior evento global sobre equidade de gênero do mundo, o CSW, 68ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres, que acontece entre os dias 11 e 22 de março. A participação brasileira, composta de uma delegação de cerca de 150 pessoas, acontece por meio de eventos paralelos nos dias 13 e 14 de março. O Mundo Negro foi um dos veículos de comunicação convidados para participar do evento. 

Em um mundo onde os cortes de orçamento nas pastas de diversidade crescem a cada dia, é fundamental se reunir para apresentar dados e discutir propostas visando o fortalecimento e permanência de mulheres em espaços de poder.  E o foco do Pacto Global é justamente o meio corporativo. 

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“Todas as nossas iniciativas, debates e premiações em Nova York abrangem diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas, principalmente, o ODS 5, de igualdade de gênero. A desigualdade que atinge mulheres e meninas é uma pauta urgente e até tardia, sobretudo em países como o Brasil. Precisamos avançar nessa agenda e é missão do Pacto Global trazer as lideranças das empresas à ação e ajudar as organizações”, explica Camila Valverde, diretora da Frente de Impacto e COO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil.

A série de eventos acontecem em Yale e na própria sede da Organização das Nações Unidas, e reunirão nomes como Rachel Maia, Presidente do Conselho Administrativo do Pacto Global da ONU no Brasil, a primeira dama do Brasil, Janja da Silva, a deputada federal Benedita da Silva; Cida Gonçalves, ministra das Mulheres do Brasil; Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; entre outras lideranças empresariais, representantes da sociedade civil, membros da imprensa, autoridades da ONU e autoridades governamentais. Também fazem parte da delegação brasileira personalidades e influenciadoras como Rafa Brites, Cris Guterres, Leticia Vidica e Monique Evelle. A programação paralela do Pacto Global da ONU – Rede Brasil à CSW tem Instituto Avon e YouTube como apoiadores e 1MiO e Global Citizen como parceiros institucionais.

No dia 13, quarta-feira, um café da manhã no The Yale Club of New York City abre a programação paralela à CSW promovida pelo Pacto Global e contará com a presença da queniana Sanda Ojiambo, assistente do Secretário-Geral e CEO do Pacto Global; Ana Fontes, delegada líder do Brasil no W20, vice- presidente do Conselho de Administrativo do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, fundadora e presidente da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME; Camila Valverde, COO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil; e Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil; entre outros nomes. Também neste dia o Datafolha anuncia os dados preliminares do Censo de Inclusão Produtiva LGBTQIAPN+, realizado em uma parceria inédita do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, Almap BBDO e Nhaí, é primeiro estudo aprofundado que visa coletar dados qualificados sobre a inclusão dessa população no ambiente de trabalho

Ainda no dia 14, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil vai anunciar as práticas vencedoras das empresas em uma premiação promovida pelos Movimentos da Ambição 2030 na área de Direitos Humanos e Trabalho da instituição. Maite Schneider, fundadora da Transempregos, e a jornalista Cris Guterres serão as mestres de cerimônia do evento, que contará com uma performance musical da cantora Raquel.

“Por meio do Elas Lideram 2030, Raça é Prioridade, Salário Digno e Mente em Foco, Movimentos do Pacto Global, iremos premiar as melhores práticas adotadas por empresas participantes no último ano. Esse reconhecimento é um dos eixos da nossa estratégia de alavancagem da Ambição 2030, iniciativa criada para acelerar a jornada das empresas no cumprimento dos ODS”, diz Tayná Leite, Head de Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global da ONU – Rede Brasil.

Segundo informações fornecidas pela ONU Mulheres e pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (ONU DESA), caso as tendências atuais persistam, estima-se que cerca de 8% da população feminina global, o equivalente a 342,4 milhões de mulheres, viverá com menos de 2,15 dólares por dia até o ano de 2030.  

No contexto brasileiro, de acordo com dados do IBGE, as taxas de pobreza diminuíram de 36,7% para 31,6% até o ano de 2022. No entanto, ao analisarmos os dados relativos à população negra, observa-se que 40% dela estava em situação de pobreza em 2022, o dobro da taxa registrada entre a população branca, que foi de 21%. É importante ressaltar que os lares chefiados por mulheres pretas ou pardas, sem parceiro e com filhos menores de 14 anos, apresentaram a maior incidência de pobreza, com 72,2% dos residentes nesses arranjos vivendo abaixo da linha da pobreza.

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