Joe Moore, ex-atirador do Exército dos EUA e informante do FBI, tornou público um plano do grupo supremacista branco conhecido como Ku Klux Klan para assassinar o então candidato à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2008. Em seu livro de memórias, White Robes and Broken Badges (Túnicas brancas e distintivos quebrados), Moore detalha como membros da KKK de Wayward, Flórida, planejavam realizar o atentado dias antes da eleição que levou Obama à Casa Branca.
Segundo Moore, o plano incluía detalhes precisos, como o dia, a hora e o local do ataque, além do armamento que seria utilizado — rifles calibre .50 — e como os veículos seriam destruídos após a ação. No entanto, o que os conspiradores não sabiam era que Moore, aceito no grupo em 2007 devido a seu histórico militar, já atuava como informante do FBI e trabalhava para impedir o crime.
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No livro, o ex-agente do exército dos EUA, narra como o grupo supremacista realizava rituais e eventos violentos, enquanto usava dispositivos de gravação para coletar evidências. Sua atuação como agente duplo resultou na prisão de diversos membros, incluindo policiais e funcionários públicos que haviam jurado lealdade à Klan.
O informante destacou o impacto do assassinato de Michael Brown em 2014 em Ferguson, Missouri, como um ponto de intensificação das atividades da KKK e de outros grupos supremacistas. Apesar das operações bem-sucedidas, Moore alerta que o movimento supremacista ainda representa uma ameaça significativa à democracia, especialmente com a aproximação da eleição de 2024.