O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do mundo, conhecido por sua atuação na valorização e divulgação da cultura negra, está se preparando para se apresentar nos Estados Unidos. O grupo recebeu convites do Brazilian Cultural Center of Chicago e do Afropunk New York para se apresentar durante os eventos e lançou uma campanha de arrecadação na plataforma ‘Benfeitoria’ para conseguir comprar as passagens para levar os integrantes aos EUA.
A participação do Ilê Aiyê nesses eventos deve acontecer entre os dias 26 de agosto e 04 de setembro, com apresentações em Chicago e Nova York. Com o convite recebido das instituições norte-americanas, o bloco enxerga uma oportunidade única para levar sua mensagem e expressão cultural além das fronteiras do Brasil. A viagem incluirá participações no Afropunk, renomado festival de cultura negra em Nova York, e no African Festival, além de marcar a comemoração especial pelos 20 anos do Brazilian Cultural Center of Chicago.
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No entanto, para tornar essa viagem uma realidade, o Ilê Aiyê solicita o apoio de todos na arrecadação de recursos para a compra das passagens aéreas. Atualmente, os shows do grupo são a principal fonte de financiamento para a manutenção da sua sede social e dos projetos sociais desenvolvidos pela instituição.
Nas redes sociais, o bloco fez uma publicação pedindo apoio para conseguir viabilizar a viagem de seus integrantes:
O Ilê Aiyê, sediado na comunidade do Curuzu, em Salvador, Bahia, tem como principal objetivo a valorização da cultura negra e a elevação da autoestima de negros e negras em todo o país. Por meio de um calendário repleto de eventos culturais e sócio educacionais, o Ilê Aiyê tem se destacado como um importante agente de transformação social.
Fundado em 1974, em plena ditadura militar, o Ilê Aiyê é uma referência histórica para a comunidade do Curuzu e para a população afrodescendente. Originado no bairro da Liberdade, onde se concentra um dos maiores contingentes de afrodescendentes fora do continente africano, o bloco foi pioneiro na manifestação da consciência negra, buscando expressá-la através de suas roupas, penteados trançados ou rastafári e, acima de tudo, por sua capacidade organizativa.
A musicalidade do Ilê Aiyê é marcada pelo uso dos tambores, percutidos por uma banda ou bateria, que trazem o samba duro e a batida Ijexá, originária dos candomblés. Essa influência rítmica foi fundamental para o surgimento de uma variedade de ritmos percussivos que impulsionaram a ascensão da música afro-baiana.
Os interessados em contribuir com a vaquinha devem clicar aqui.