Mundo Negro

‘Iê acarajé’: Websérie apresenta história das baianas e suas tradições

Foto: Amanda Oliveira.

O acarajé, comida sagrada da orixá Oyá e reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como Patrimônio Cultural do Brasil, é tema da websérie Iê Acarajé, que estreia no perfil do Instagram da Casa MAR, no próximo dia 25. Elemento simbólico e constituinte da identidade baiana, com forte ligação com as religiões de matriz africana, o acarajé é reconhecido como uma das mais importantes contribuições africanas à identidade do país, revelando uma cultura afro-brasileira, ancestral e matriarcal.

A série é um retrato especial sobre a vida e desafios de cínco baianas de acarajé: Ubaldina, Dinha, Elaine, Taty e Marluce, em suas comunidades e a sua relação com a religiosidade, família e trabalho.

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Dividida em quatro episódios, a narrativa apresenta o trabalho das baianas sob diferentes perspectivas, desde a escolha pela profissão, seja por herança familiar, acordos coletivos, oportunidade de empreender e contato com a religiosidade.

“‘lê Acarajé’ é a união de duas paixões: acarajé – não à toa tenho a palavra dendê tatuada no braço, e a possibilidade de encontrar grandes personagens e dialogar com eles. Por isso, o mais interessante desse processo foi a troca com essas mulheres, ouvi-las sobre suas trajetórias, vivências, dores e delícias de suas vidas e perceber como ser baiana é fundamento para elas serem quem são.” revela Mariana Jaspe, diretora e roteirista.

Resgatando importante referência histórica e cultural, a escolha do nome “Iê acarajé” faz referência à primeira metade do século XX, quando, segundo o ex-diretor do Centro de estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, Ubiratan Castro, as famílias aguardavam, às 19h, as mulheres do acarajé passarem em uma espécie de cerimônia, anunciando a venda de ‘Iê acarajé, Iê abará!’.

Emocionante e revelador, o objetivo da websérie é mostrar de perto a vida dessas baianas, suas histórias e seus desejos, desvendando como essas mulheres, que trabalham alimentando o povo, lidando diretamente com o público, estão atravessando o atual momento de incertezas e distanciamento social.

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