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Summit de Beleza Antirracista: evento ajuda empresas de beleza a entenderem o antirracismo

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Foto: Freepik

No dia 15 de março, quarta-feira, acontecerá o Summit de Beleza Antirracista, um evento online e gratuito voltado para empresas do setor de beleza que desejam entender e aplicar práticas antirracistas em suas estratégias de negócios. O objetivo é mostrar como o antirracismo pode ser um direcionamento para que as empresas se tornem mais competitivas e se diferenciem no mercado.

Durante o encontro, especialistas que lidam com as complexidades do racismo em seu dia a dia irão apresentar possibilidades de criar experiências de pertencimento e fomentar a autoestima para os consumidores, em especial, consumidores negros. O evento é uma oportunidade para que as empresas do setor de beleza possam levar mais conhecimento sobre práticas antirracistas para a rotina de seus negócios.

Com a presença de profissionais renomados e experientes, o Summit de Beleza Antirracista promete ser um momento enriquecedor para quem deseja ampliar sua visão sobre a diversidade e a inclusão no mercado de beleza. As empresas participantes poderão compartilhar suas experiências, debater e se inspirar para aplicar as melhores práticas antirracistas em seus negócios.

Entre os temas debatidos durante o evento, estão: “Por dentro da beleza da pele negra: Entendendo as principais necessidades desse mercado”, “Eficácia e Performance a favor da beleza negra” e “Beleza Antirracista como diferencial competitivo. Da estratégia à gondola”. 

Além disso, o Beleza Antirracista tem como convidados especialistas em beleza, negócios e marketing, como Ana Nascimento e Lívia Rodrigues, Fundadoras da Pretas na Ciência, Rosane Terragno, CEO da Divas Bllack e Luanna Teofillo, Fundadora do Painel BAP.

O Summit de Beleza Antirracista é coordenado pelo designer Raoni Cusma e uma iniciativa da Orolab, escritório especializado em design, e da ABC – Associação Brasileira de Cosmetologia. Para participar, os interessados devem se inscrever no site: https://www.orolab.com.br/belezaantirracista-summit


Oscar 2023: saiba como assistir a premiação e confira a lista de artistas negros confirmados

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Rihanna, Angela Bassett e Michael B. Jordan. Foto: AFP ; Getty Images / Globo de Ouro.

O Oscar 2023 acontece neste domingo, 12 de março. Nomes como Rihanna, Angela Bassett e Brian Tyree Henry concorrem ao prêmio máximo do cinema mundial. ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ recebeu 5 indicações, incluindo ‘Melhores Efeitos Especiais’, ‘Melhor Cabelo e Maquiagem’ e ‘Melhor Canção Original’.

Além dos artistas negros indicados, a premiação também anunciou a lista oficial com todos os atores e músicos que confirmaram presença no evento. A expectativa é que eles façam parte da cerimônia. Recentemente, foi anunciado que o primeiro trailer do filme ‘A Pequena Sereia’ será exibido com exclusividade durante a premiação.

Até o momento, os seguintes nomes foram confirmados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood: Rihanna, Angela Bassett, Ariana DeBose, Samuel L. Jackson, Dwayne Johson, Michael B. Jordan, Zoe Saldana, Jonathan Majors, Halle Bailey, Danani Gurira e Halle Berry.

Vale destacar ainda que, com apresentação musical confirmada no palco da premiação, Rihanna pode se tornar a 5ª mulher negra da história a conquistar o troféu mais importante do cinema dentro da categoria musical. Este ano, é possível assistir o Oscar através dos canais TNT e pelo serviço de streaming HBO Max. Pelo horário de Brasília, o tapete vermelho começa a partir das 20h e a cerimônia 21h.

Além da beleza: cabelo e maquiagem de ‘Wakanda Para Sempre’ enaltecem a história das comunidades negras

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Foto: Marvel Studios / Divulgação.

O cabelo e a maquiagem do filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ são fabulosos e nos mostram um completo show visual em cada cena. Baseados em uma combinação das culturas maia e africana, sob a supervisão de Camille Friend e Joel Harlow, as seções foram indicadas ao Oscar 2023 de ‘Melhor Cabelo e Maquiagem‘.

De acordo com Camille, ela criou mais de 300 perucas para o filme da Marvel. “A representação de todos os tipos e texturas de cabelo é o mais importante na história capilar do filme”, conta a cabelereira em entrevista ao Yahoo. “Wakanda Para Sempre apresenta o estilo negro das tendências tradicionais às modernas“.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. Foto: Divulgação / Marvel.

Um aspecto que chama atenção dentro dos personagens de ‘Wakada Para Sempre’ é o cabelo raspado. Rainha Ramonda, por exemplo, que antes possuía longas tranças, dessa vez, passa boa parte do filme sem elas. “Na cultura da África Ocidental, por conta do luto, Ramonda teria raspado a cabeça”, diz Camille. “Então, olhamos com cuidado para isso. Ela manteve a cor do cabelo platinado e o encurtou. Eu dei a ela um estilo de coroa, então o cabelo dela tinha que estar solto porque eu queria imitar a aparência do que a figurinista Ruth Carter estava criando com suas coroas”.

Quanto à Shuri, Camille Friend também quis mostrar uma evolução. Ela usava cabelo raspado nas laterais com mistura cacheada no centro. “No primeiro ato, Shuri era uma criança e uma cientista. Nisso, ela assumiu a responsabilidade pessoal pela morte de seu irmão. Ela se tornou uma mulher e uma líder de verdade, e essas foram as coisas que me deram a motivação de como queríamos que ela fosse“, destacou Camille, que explicou a lógica geral para os penteados dos personagens. “As aparências naturais com os personagens de Shuri e Riri refletem sua juventude. Okoye, Ayo, Aneka e Dora Milaje têm looks ousados ​​e fortes para refletir sua força e poder. Os pelos faciais espessos e as tatuagens de M’Baku são exemplos da tribo Jabari. Namor é uma variação de seu visual nos quadrinhos, mas incorpora sua cultura com o acréscimo de suas joias e figurinos”.

Shuri em ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’. Foto: Divulgação / Marvel Studios.

Joel Harlow foi o responsável pelo setor de maquiagem em ‘Wakanda Para Sempre’. O profissional diz que assim como o cabelo, a maquiagem dos personagens foi refletindo o estado atual e a idade de cada um, além de utilizar como referência comunidades e histórias africanas do oriente. “A inspiração foi nada mais nada menos que os olhares culturais das várias tribos da África. Pegar esses looks e explorar com a introdução do vibranium é o que resultou nos looks do filme”, contou Harlow em entrevista ao Yahoo.

‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’. Foto: Divulgação / Marvel Studios.

As cores vívidas das maquiagens foram mantidas, assim como no primeiro filme. A ideia era destacar a beleza de cada personagem, através de um longo e precioso trabalho artístico. “A aparência da maquiagem em Wakanda Para Sempre é semelhante ao primeiro filme. Não queríamos nos desviar para looks muito diferentes porque os looks que já estabelecemos ressoaram fortemente com os fãs“, explica Joel. “No entanto, eles diferem do primeiro filme na metodologia técnica. A aparência também difere com a evolução do personagem e muda para refletir o estado atual e a idade de cada um. Além disso, também tivemos a oportunidade de expandir nosso trabalho com a introdução da nova civilização Talokan”.

Embaixadora Maria Laura da Rocha assume Ministério das Relações Exteriores durante viagem de Mauro Vieira

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Texto: Ivair Augusto Alves dos Santos

Na semana passada, o Brasil viveu um momento histórico, de muita relevância para a comunidade negra brasileira. Pela primeira vez, tivemos na história do Itamaraty uma mulher negra ocupando o cargo de Ministra das Relações Exteriores do Brasil.

Na casa do Visconde do Rio Branco, nunca ele imaginou que uma mulher preta pudesse ocupar o cargo máximo da diplomacia brasileira.
O Ministro Mauro Vieira viajou para Nova Delhi, para participar de reunião dos chanceleres do G20. O Brasil sucederá a Índia na presidência do G20 e já iniciou o trabalho a tarefa de preparação para presidir os trabalhos ao longo de 2024. Por conta da viagem, a Embaixadora Maria Laura substituiu o Ministro Mauro Vieira, na condição de Ministra substituta do Brasil.

Rocha ingressou na carreira diplomática em 1978 e é a primeira mulher a assumir o cargo de Secretaria Geral do MRE, o segundo mais importante na hierarquia do órgão.

A embaixadora Maria Laura da Rocha nasceu, no Rio de Janeiro/RJ, em 26/09/1955. Filha de Arthur Verissimo da Rocha e Laura Martins da Rocha, é casada com Sandro Melaranci e tem duas filhas, Elisa Melaranci e Marina Melaranci.

Maria Laura da Rocha, que se identifica como mulher negra, anunciou que pretende recriar o Comitê de Raça e Gênero, extinto na gestão anterior. “Queremos que o fato de haver mulheres no comando seja algo tão normal quanto ter homens. Queremos ter profissionais no topo da carreira”, afirma.

Clássico nacional, ‘Cidade de Deus’ chega em março na Netflix

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Foto: Divulgação

Cidade de Deus‘, o clássico do cinema nacional, chega na plataforma da Netflix na próxima quarta-feira, 15 de março. O filme completou 20 anos em 2022.

Em 2004, o premiado ‘Cidade de Deus’ recebeu quatro indicações ao Oscar nas categorias Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia. O clássico se mantém como o segundo filme estrangeiro mais assistido do mundo, segundo levantamento da plataforma online Preply.

Responsável pela revelação de grandes talentos como Douglas Silva e Leandro Firmino, o filme conta a história de Dadinho (Zé Pequeno) e da comunidade da Cidade de Deus na perspectiva de Buscapé, um jovem que cresceu na região e se tornou fotógrafo.

Para quem é fã da obra audiovisual, também pode assistir o original Netflix ‘Cidade de Deus – 10 Anos Depois‘, documentário que retrata tudo o ocorreu depois do lançamento do filme em 2002 de premiação e bastidores.

Museu Afro Brasil não tem diretores negros?

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Foto: Nelson Kon

Nesta semana, uma fonte que prefere não se identificar, denunciou ao Site Mundo Negro que o Museu Afro Brasil, em São Paulo, teve o último diretor negro destituído em fevereiro, da área financeira e revelou que a curadoria e o plano museológico dos próximos 5 anos está sendo feita por consultoria externa “branca”. “Tudo está embranquecendo bem rápido”, disse. 

Em nota, a comunicação do MAB lamentou a denúncia “diante do legado de Emanoel Araujo“. O Museu diz que o diretor citado da área financeira “solicitou sua saída por iniciativa própria (o que foi comunicado há 6 meses)” e garantiu que “o processo de recolocação desta vaga está em curso e sendo conduzido pelo Museu com transparência e governança usuais”. Já sobre a curadoria e plano museológico, a comunicação apenas informou que “não procede”.

A reportagem solicitou a relação de nomes dos profissionais negros nos cargos de diretoria, coordenação e curadoria do MAB, mas não foi nos enviado, com a alegação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Entretanto, no Art. 4º, há uma especificação de que a lei não se aplica a fins jornalísticos.

Além disso, os nomes dos profissionais já constam no MAB, só não tem a identificação com foto: http://www.museuafrobrasil.org.br/transparencia/institucional/ficha-tecnica

“A Associação Museu Afro Brasil prioriza a diversidade em seus quadros com respeito a etnia e raça, identidade de gênero e orientação sexual. A identificação pessoal de funcionários segue normas legais conforme critérios de LGPD”, diz um trecho da nota.

Eles garantem a presença de profissionais negros em diversos cargos, mas não cita os cargos de diretoria. “O Museu tem no Conselho e em seus quadros nomes de expressão em cargos como Coordenadoria, Educativo, Curadoria e Comunicação, pessoas de referência pública e diálogo na Academia, Instituições Negras e Imprensa.

Atualização 13/03 às 11h – O Museu Afro Brasil entrou em contato com o Site Mundo Negro novamente para uma nota à imprensa. Leia na íntegra:

Olá, sou Ale Pellegrini, negro e Coordenador de Comunicação do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo. Sempre disponível ao diálogo, convidamos Mundo Negro e toda sociedade a esse despertar para as artes, a Mão Afro Brasileira nas artes (Araujo, 1988) e representatividade.

Como respondemos ao Mundo Negro essa semana, o diretor admin-financeiro Justino é homem negro e ao lado disso, profissional de grande competência. Com isso, após anos no MAB, foi convidado a outro projeto de grande expressão, o Instituto Bacarelli e está se desligando da instituição, por sua iniciativa.

Sua substituição demanda aliar identidade e competência, como ocorreu no caso de sua admissão. E é com esta finalidade que o Conselho de Administração do Museu está conduzindo este processo.

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, referência em Artes e Cultura Negra, tem no Conselho e em seus quadros nomes de expressão como os ativistas negros e Conselheiros Wellington Souza, Luis Carlos Santos, Oswaldo Faustino e a artista negra Rosana Paulino, o Coordenador de Comunicação Ale Pellegrini, a Coordenadora de Programação Zélia Rodrigues, a Coordenadora de Educação Simeia Mello, o curador negro Claudinei Roberto com exposições agendadas no Museu para o ano de 2023, dentre outros curadores negros neste ano e outros nomes de referência pública e diálogo no movimento negro, na sociedade, na academia, instituições negras e imprensa”.

Atrizes negras dizem que foram intimidadas por ex-diretor da Globo em reunião: “testemunhamos episódios racistas”

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Diretor Vinícius Coimbra. Foto: TV Globo.

As atrizes Dani Ornellas e Roberta Rodrigues denunciaram o ex-diretor artístico da TV Globo, Vinicius Coimbra, por racismo. A ação aconteceu durante as gravações na novela ‘Nos Tempos do Imperador’, em 2021. À época, o folhetim sofria sérias acusações de promover a ideia de ‘racismo reverso’.

Ainda durante as gravações da obra, com a repercussão do caso, o diretor Vinicius Coimbra convocou uma reunião com o elenco negro da novela, o que causou incômodo entre os envolvidos. Num áudio que passou a circular nas redes em fevereiro deste ano, o profissional chega a utilizar o termo ‘tropa de choque do movimento branco’.

“Assim como você tem a tropa de choque do movimento negro, a [escritora] Djamila Ribeiro, o [comunicador] AD Júnior, você também tem a tropa de choque do movimento branco, entendeu? Que também vão, a qualquer deslize de vocês, vão deslegitimar as reivindicações, os discursos”, afirmou ele. “É normal, eu acho que tem que ter o AD Junior, tem que ter a Djamila, eu defendo mais esse tipo de discurso, mas eu acho que a gente tem que ir por uma via [em] que você não deixa contra-argumentos”, completou ainda. Em fevereiro de 2022, o diretor artístico foi afastado da TV Globo após as acusações de racismo.

Cena da novela ‘Nos Tempos do Imperador’. Foto: Paulo Belote / Tv Globo.

As atrizes Dani Ornellas e Roberta Rodrigues dizem que o trecho em que o diretor cita ‘tropa de choque do movimento branco’ foi utilizado dentro de um contexto de intimidação e racismo. Testemunhamos e vivemos situações muito difíceis, vivenciamos episódios que entendemos racistas, como a reunião solicitada pelo diretor apenas com os atores pretos. Nesta reunião, o diretor usou o termo ‘tropa de choque do movimento branco’, como pode-se ouvir no áudio”, afirmam as artistas em nota. “Incrivelmente, algumas pessoas entenderam de forma diferente. Entenderam que não foi um episódio de racismo, e, sim, uma simples ironia. Isso realmente é muito assustador. Assustador como o espaço do racismo vivenciado sempre é minimizado como algo irônico, como uma piada, como se não fosse racismo o que vivemos, nós que interpretamos errado, sempre nós”, completam elas.

O time jurídico das atrizes também informou que desde que tomaram ciência da questão, o Sr. Vinicius em diversas ocasiões buscou contato com as artistas, mandando mensagens de texto e áudio, algumas inclusive com teor de pedido de ajuda e até mesmo desculpa. “Desde as gravações da novela nossas clientes não mais falaram com o sr. Vinicius pois estão, ainda, em tratamento psicológico e psiquiátrico em razão de tudo que viveram”, destacou os representantes legais das atrizes. Os representantes de Vinicius, por sua vez, defendem que o termo ‘tropa de choque branca’ foi utilizada por ele como uma forma pejorativa, “em referência aos ‘movimentos brancos’ reacionários que reagiriam contra a luta legítima de pessoas negras”. A investigação envolvendo o caso segue em andamento pelo Ministério Público do Trabalho.

O time jurídico das atrizes reforça ainda que o Sr. Vinícius elaborou uma proposta de reparação. “Partiu do Sr. Vinicius Coimbra, através de seu advogado, uma proposta de reparação; que, de praxe, inclui cláusula de Confidencialidade para ambas as partes caso haja acordo. Em outras palavras: silêncio. A referida proposta foi repassada para nossas clientes na época como uma tentativa desastrosa e aviltante de reparação. Diante de todo o contexto vivenciado por Dani e Roberta, cujos efeitos nocivos à saúde emocional e mental ainda se perpetuam. A proposta, portanto, não foi aceita e não mais foram feitas tratativas. Em realidade a própria tentativa frustrada de acordo diante de tal proposta, tornou-se mais um episódio de dor“, disseram os representantes em nota. “O silêncio sobre a proposta foi um ato de respeito motivado pela consciência de que era importante aguardar a assimilação de mais esse episódio traumático vivenciado por nossas clientes que tiveram que reviver toda a dor sem vislumbrar um caminho justo e razoável de reparação”.

Concursos da USP sem cotas raciais são suspensos pela Justiça

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Foto: Divulgação / USP.

A Justiça do estado de São Paulo suspendeu liminarmente as inscrições abertas dos concursos da Universidade de São Paulo (USP) para procurador, analista administrativo e médico veterinário. Contrariando a lei federal, os processos seletivos não previam cotas reservadas para pretos, pardos e indígenas.

“A interpretação teleológica se funda na necessidade de superar o racismo estrutural e institucional ainda existente na sociedade brasileira, e garantir a igualdade material entre os cidadãos, por meio da distribuição mais equitativa de bens sociais e da promoção do reconhecimento da população afrodescendente”, declarou a juíza Luiza Barros Rozas Verotti, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo. “A pontuação diferenciada para pretos, pardos e indígenas, portanto, possui caráter vinculante e deve ser cumprida pela Administração Pública, sob pena de tornar o comando legal meramente simbólico.

A ação foi movida pela Defensoria Pública de São Paulo, que chegou a notificar a USP, mas não recebeu retorno da instituição. As provas aconteceriam entre os meses de abril e maio deste ano. Até o momento desta publicação, a Universidade de São Paulo não se manifestou sobre o caso. “A reserva de vagas e pontuação diferenciada aos candidatos pretos e pardos em concursos públicos foi estabelecida no âmbito federal pela Lei 12.990/14, cuja constitucionalidade foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 41”, destacou a juíza em decisão publicada na última segunda-feira, 6 de março.

Vinícolas terão que pagar R$ 7 milhões de indenização por trabalho escravo na Serra Gaúcha

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Foto: Reprodução

Na última quinta (9), durante audiência telepresencial com representantes das três vinícolas que contratavam serviços da Fênix serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda. em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, o Ministério Público do Trabalho firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que determina o cumprimento o pagamento de indenização de R$ 7 milhões por danos morais individuais e coletivos.

Desse valor, R$ 2 milhões serão destinados aos trabalhadores resgatados e R$ 5 milhões devem ser revertidos para entidades ou projetos futuros que tenham como objetivo reparar danos. O pagamento dos valores correspondentes aos danos morais individuais devem ser pagos em 15 dias a contar da data de apresentação da listagem de resgatados.

Ao assinar o TAC, as vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton também assumiram compromissos que determinam o que elas devem fazer para o aperfeiçoamento dos processos de tomada de serviços. Ao todo são 21 obrigações a serem cumpridos que incluem a fiscalização das condições de trabalho e se os direitos de trabalhadores próprios e terceirizados estão sendo realizados. 

O acordo, que deve ser cumprido imediatamente pelas vinícolas, estabelece que as empresas assumam publicamente o “compromisso de manter uma política de responsabilidade aos direitos humanos”. Elas também terão que se responsabilizar pela garantia e fiscalização das áreas de alojamentos, vivência e fornecimento de alimentação aos trabalhadores.

As vinícolas são obrigadas a só fecharem contratos de terceirização com empresas que tenham capacidade econômica compatível com a execução dos serviços contratados, elas também terão fiscalizar as medidas de proteção à saúde e à segurança do trabalho adotadas pelas terceirizadas e também exigir e fiscalizar o regular registro em carteira de todos os trabalhadores contratados para prestação de serviços, bem como os pagamentos de salários e verbas rescisórias.

O acordo determina que Aurora, Garibaldi e Salton garantam o pagamento das indenizações individuais os trabalhadores resgatados caso a Fênix, de propriedade de Pedro Augusto Oliveira de Santana esteja impossibilitada de fazê-lo.

Após 12 anos, Isabel Fillardis faz seu retorno às novelas da Globo em ‘Amor Perfeito’

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Foto: Reprodução/Instagram

Depois de passar 12 anos longe das novelas, a atriz Isabel Fillardis faz seu retorno aos folhetins da Globo em “Amor Perfeito”, novela das seis que tem início previsto para o dia 12 de março. Em entrevista para a o jornal O Globo, a atriz comentou que “fica feliz de estar voltando depois desse tempo”.

Na novela, Fillardis vai interpretar Aparecida. A personagem é casada com Antônio, vivido pelo ator Alan Rocha. Eles são pais de Sônia (Bárbara Sut) e Manoel (Ygor Marçal). Aparecida ajudará a Irmandade dos Clérigos de São Jacinto criar Marcelino (Levi. Asaf).

“Aparecida é uma mulher feliz, com uma família estruturada. Ela é muito forte, sábia e mãe. Temos isso em comum. Somos mães provedoras e que trabalham. E também o fato de ela ter a música na vida dela de uma forma genuína. Eu comecei a cantar que nem ela, cantarolando em casa”, contou Fillardis sobre sua personagem. 

Sobre o ritmo das gravações, ela conta que está se readaptando. “A gente vai se readaptando, tentando entender o ritmo, tentando ter uma vida normal. É basicamente isso”, comentou. “Chegamos às 7h da manhã, mas houve uma entrega maravilhosa. É muito trabalho, mas a gente fica feliz de estar voltando depois desse tempo, numa personagem tão encantadora”, detalhou a atriz para a coluna da jornalista Patrícia Kogut. 

Em 2023, Isabel Fillardis completa 30 anos de carreira na televisão. A atriz de 49 anos é mãe de Analuz, (23), Jamal Aluar (19) e Kalel (9). 

Em outubro de 2022, Fillardis revelou em entrevista para o programa Conversa Com Bial que deve sua biografia está em processo de escrita pela filósofa Djamila Ribeiro. “Se eu não tivesse fé, alegria de viver, acreditando que amanhã seria melhor, talvez não estivesse aqui contando minha história”, disse. 

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