Mundo Negro

Homem negro é falsamente acusado de furtar celular e espancado por quatro pessoas

Foto: Reprodução

O publicitário Yuri Cavalcanti Santana, 24, foi espancado por quatro pessoas após ser acusado falsamente de furtar um celular no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo. O caso ocorreu na noite de sábado (23) e foi registrado por uma câmera de segurança.

Segundo o boletim de ocorrência, Yuri, um homem negro, foi acusado de ter levado o telefone de uma mulher que estava em um bar na região. Enquanto caminhava pela avenida General Ataliba Leonel, foi abordado por um carro. Um homem dentro do veículo apontou uma arma e perguntou sobre o aparelho. O jovem, acreditando se tratar de um assalto, correu.

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Alcançado por um ambulante, que o derrubou com um golpe nas costas, Yuri foi agredido a socos. Outro homem se juntou à agressão, que continuou com a chegada do veículo que o havia abordado. De dentro do carro desceram um segurança do bar e a mulher que teve o celular furtado. Ambos também passaram a espancá-lo com socos e chutes.

A vítima foi socorrida e levada ao Hospital San Paolo. Relatório médico indicou edema na região nasal e hematomas no crânio, além de múltiplas lesões traumáticas. Yuri recebeu alta e se recupera em casa.

Jovem denuncia racismo

Em entrevista ao SBT, Yuri disse ter gritado por socorro durante a agressão. Ele relatou que a mulher, ao perceber o furto, não viu quem era o autor e o perseguiu por considerar que seu celular estava próximo a ele.

“Acredito que tenha sido por conta das minhas características físicas. Por ser um jovem negro de 24 anos, isso foi decisivo para que eles viessem de forma preconceituosa e vil para cima de mim. Eu tinha certeza de que iria morrer”, afirmou.

O segurança negou ter apontado uma arma para o publicitário e disse ter apenas perguntado sobre o paradeiro do celular. Após as agressões, os envolvidos perceberam que Yuri não havia cometido o furto.

O caso foi registrado como lesão corporal e está sendo investigado pelo 9º Distrito Policial (Carandiru). A polícia solicitou exame ao IML para avaliar a gravidade das lesões, o que pode alterar a classificação do boletim e contribuir para as investigações.

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