O 17 de maio é marcado pelo Dia Mundial da Hipertensão. Também conhecida como ‘pressão alta’, é uma doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro e rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Vários fatores, como o consumo de bebidas alcoólicas, uso excessivo do cigarro, consumo excessivo do sal, obesidade, estresse e falta de atividade física influenciam nos níveis de pressão arterial. Além desses fatores de risco, pesquisas apontam que a incidência da hipertensão é maior em indivíduos negros no Brasil.
De acordo com a pesquisa ‘Racial Disparities in Risks of Stroke‘, desenvolvida pelo cardiologista Wilson Nadruz Júnior, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, junto com pesquisadores da Harvard Medical School, a hipertensão é mais persistente entre negros. O fato pode ser explicado para além das condições genéticas, já que no Brasil, a população negra tende a viver em condições socioeconômicas mais difíceis que a população branca, dificultando, dessa forma, a adoção de medidas saudáveis no cotidiano. Segundo o informativo ‘Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil’, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os negros estão entre os 75% mais pobres do país.
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O principal fator de risco para o AVC (Ataque Vascular Cerebral) é a hipertensão arterial, descrita como a segunda principal causa de morte no Brasil e a principal causa de incapacidade no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, a cada cinco minutos um brasileiro morre em decorrência de derrame, o que resulta em mais de 100 mil óbitos por ano. Especialistas enfatizam que a melhor maneira de lidar e evitar problemas associados à pressão alta se faz com a adoção de medidas saudáveis no cotidiano.
A hipertensão pode acontecer em qualquer idade, mas é comum seu aparecimento na fase adulta e em pessoas idosas. Medir a pressão é a única maneira de diagnosticar a doença. Buscar ajuda médica é fundamental em todos os casos.