Sem o estereótipo do patriotismo, o filme de guerra “Herói de Sangue“, estrelado por Omar Sy (“Lupin”), estreia hoje, 13 de julho, nos cinemas brasileiros. O drama retrata uma história na Primeira Guerra Mundial, de um pai senegalês que se alista no exército da França para salvar o filho de 17 anos, recrutado à força para defender o país europeu.
Histórias como essas não são contadas pelos franceses, livros ou em outros filmes. Homens de diferentes países da África que estiveram no front de uma guerra que não era deles, perdendo suas vidas ou se arriscando, com a esperança de um dia voltarem para suas casas. Homens africanos brigando entre si, devido às condições precárias em que viviam.
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O longa foge das romantizações heróicas de guerra para mostrar todo esse sofrimento, porém, focado no drama familiar vivido pelo pai Bakary (Omar Sy) e o filho Thierno (Alassane Diong), que tentam sobreviver à guerra. O ator envolve o público ao interpretar um pai protetor, que mantém os valores religiosos, mesmo estando na linha de frente do confronto e se esforçando para voltar à aldeia da família, em Senegal.
Impossível não se envolver com essa angústia que Omar Sy transmite, pois, como público, estamos acostumados a ver apenas um confronto entre os soldados, onde um ganha e o outro perde. Mas Bakary sabia que nesta guerra, ele e o filho estavam condenados a perder, independente de qual país vencesse.
Por ter estudado em uma escola de colonizadores, Thierno é o único que sabe falar francês e enxerga ali uma oportunidade de sair do front e proteger o pai, se aproximando cada vez mais do alto comando, entretanto, isso também pode significar um embate familiar, pelo medo do pai de perder o filho para a ilusão vendida pelos brancos em garantir benefícios aos povos africanos que sobrevivessem à guerra.
Veja o trailer: