Mundo Negro

Governo Trump planeja ampliar restrições de viagens para 22 países africanos

Foto: REUTERS/Carlos Barria

Uma proposta do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para ampliar as restrições de viagens a cidadãos estrangeiros tem como foco principal o continente africano. De um total de 43 países que podem ser afetados pelas novas medidas, 22 são nações africanas, o que representa mais da metade da lista. A informação foi revelada em um memorando interno, reportado pelo The New York Times.

O plano categoriza os países em três listas – vermelha, laranja e amarela –, cada uma com diferentes níveis de restrições à entrada nos EUA. A lista “vermelha”, que impõe uma proibição total de viagens, inclui três países africanos: Líbia, Somália e Sudão. Eles estão agrupados com outras oito nações, como Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela.

Notícias Relacionadas


Já a lista “laranja”, que restringe vistos principalmente a viajantes de negócios abastados, abrange três nações africanas: Eritreia, Serra Leoa e Sudão do Sul. A categoria “amarela”, a mais ampla, concede 60 dias para que 16 países africanos resolvam supostas deficiências na verificação de segurança ou enfrentem restrições mais rigorosas. Entre eles estão Angola, Benim, Burkina Faso, Camarões, Cabo Verde, Chade, República do Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Gâmbia, Libéria, Malawi, Mali, Mauritânia, São Tomé e Príncipe e Zimbábue.

A proposta marca uma expansão das políticas de restrição de viagens implementadas durante o primeiro mandato de Trump, que geraram controvérsia e foram revogadas pelo presidente Joe Biden em 2021. Na época, as medidas foram criticadas como uma “proibição muçulmana”, devido ao foco em países de maioria islâmica. Agora, a nova proposta sugere um retorno a políticas semelhantes, mas com um impacto ainda maior sobre o continente africano.

Especialistas em política externa alertam que a medida pode prejudicar a imagem dos EUA na África, onde a China e outras potências têm ampliado sua influência. Além disso, a proposta pode enfrentar desafios legais semelhantes aos que ocorreram durante o primeiro mandato de Trump.

Até o momento, a Casa Branca não se pronunciou oficialmente sobre o memorando, e não há previsão de quando a proposta será anunciada publicamente.

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments

Sair da versão mobile