Mundo Negro

Gilberto Gil: O novo imortal da Academia Brasileira de Letras

Foto: Divulgação

O cantor Gilberto Gil ocupou a cadeira número 20 da Academia Brasileira de Letras, no Petit Trianon, Rio de Janeiro. Ele foi eleito com 21 dos 34 votos dos acadêmicos, em novembro de 2021.

“Poucas vezes na nossa história republicana o escritor, o artista, o produtor de cultura, foram tão hostilizados e depreciados como agora”, afirma Gil durante a posse.

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A cerimônia de posse foi histórica. “Não só porque a ABL é a casa de Machado de Assis, escritor universal, afrodescendente como eu, mas também porque a ABL representa a instância maior, que legitima e consagra, de forma perene, a atividade de um escritor ou criador de cultura em nosso país”, ressaltou no discurso.

No Twitter, o Gil comparou a vestimenta usada para a posse da cadeira na ABL com a usada por ele na capa do segundo LP, em 1968.

Emocionado, o músico relembrou a história da sua família: “Sou filho de uma professora primária e um médico. A eles devo o meu amor às letras e à música. A imagem dos meus pais está comigo nessa noite e sua memória para mim é uma benção”.

E também citou a dor de perder o filho, Pedro Gil, que faleceu em 1990. “Não desanimo, porque é preciso resistir, sempre”. Na sequência, agradeceu o apoio e finalizou o discurso dando uma paleta da música ‘Luar’. “Se a noite inventa a escuridão, a luz inventa o luar, o olho da vida inventa a visão, doce clarão sobre o mar”, cantou timidamente. “Essa é nossa aposta na vida e na alegria”, ressaltou.

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