Mundo Negro

Flávia Diniz, ativista pelos direitos dos negros PCDs, morre aos 44 anos

Foto: Reprodução/Instagram

Flávia Diniz, ativista dos Direitos Humanos, membro do Movimento Vidas Negras com Deficiência Importam e conselheira da UNESCO-SOST Transcriativa, faleceu neste domingo, 23 de junho, aos 44 anos. O motivo da morte não foi revelado.

“Com muita tristeza e amor o Movimento Vidas Negras com Deficiência Importam lamenta a partida precoce de sua membra honorária Flávia Diniz”, escreveu o VNDI Brasil, nas redes sociais, ao anunciar o seu falecimento. “Flávia, uma mulher forte, batalhadora e principalmente uma grande defensora dos Direitos Humanos e da Luta das Pessoas Pretas com Deficiência, partiu para virar ancestral (23/06/24)”, completa.

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“Conosco permanece seu legado, ensinamentos, amizade e seu sorriso sempre presente em cada encontro mesmo diante de tantos atravessamentos. Que Flávia se vá em paz… que continue sempre sorrindo e sambando como costumava dizer, em seu novo plano. Que encontre o descanso merecido, com a certeza que será sempre lembrada em nossas vitórias e na nossa história. Que sua curta passagem seja celebrada e reverenciada por todos que puderam conhecê-la, conviver e amá-la. Rest in Power, Flávia!”, finaliza o texto. 

Luciana Veigas, fundadora do VNDI Brasil e amiga da Flávia, também expressou seus sentimentos com a notícia que a pegou de surpresa, pois havia se encontrado com a ativista ontem. “Flávia era uma força da natureza, todas as vezes que ela estava no lugar era impossível não notar ela. E por incrível que pareça, muitas vezes, os racistas tentaram. Tentaram de verdade silenciar, apagar… Mas a Flávia me ensinou a importância de estar rodeado de mulheres negras fortes, quando ela foi silenciada: NÓS ESTÁVAMOS LÁ POR ELA! E ela me ensinou sobre aprendizado, sobre fortalecimento”, escreveu nas redes sociais. 

“Minha vida não foi a mesma desde que eu conheci a Flávia. Todo dia que a gente se falava era um aprendizado. […] Flávia me ensinou sobre o bem viver da pessoa negra com deficiência. Flávia era o VNDI BRASIL eu não consigo esquecer quando ela me disse: ‘Lu eu posso tocar o VNDI no RJ?’ eu disse sim. Na semana seguinte ela tinha conseguido uma sede pro movimento que na época não tinha nem membros rs… A luta perdeu MUITO”, afirma. 

Apesar da dor de perder uma amiga, Luciana afirma que levará como compromisso o nome de Flávia para todos os espaços para que ela não seja esquecida. “O Orun tá em festa, você tá sem dores e no abraço de Osun. Obrigada por me esperar e dar o último adeus!
Obrigada pela honra de dividir esse anos do seu lado da trincheira”, se despede no texto.

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