O BBB21 começa com uma diferença inusitada: Entre anônimos e famosos metade do elenco anunciado é negro. Surpreendente, mas não deveria ser.
Foram 21 edições até que tivéssemos uma temporada um pouco mais parecida com a cara da população brasileira, que é em sua maioria composta por pessoas negras. Outrora, no BBB19, existiu uma tentativa parecida e mal sucedida que terminou premiando alguém que vomitava racismo cordial e diversos absurdos rindo.
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Essa escalação, ainda que tardia, é reflexo das discussões fomentadas nos últimos anos que dominaram as redes, as notícias, mobilizaram a opinião pública, e da luta por espaços mais representativos e diversos. Revela também o direcionamento do mercado, já que se trata de um produto.
O grande trunfo dessa temporada será mostrar que pessoas negras divergem, são diferentes e podem ocupar os mesmos lugares ao mesmo tempo. Saímos da premissa de um ou dois negros, o que eu considero um grande avanço. Agora é torcer pelo nosso favorito.
Mas independente de quem vai levar o prêmio, o desejo é de que a tv brasileira seja ocupada por mais gente parecida com a gente, e que isso passe a ser norma e regra instituída. Até que não seja mais assim tão surpreendente se reconhecer nos espaços…