Recentemente o ator Denzel Washington foi anunciado em novo filme de Antoine Fuqua para a Netflix, para interpretar o general Hannibal Barca, estadista cartaginês, considerado um dos maiores estrategistas militares da história. Entretanto, a escalação tem gerado polêmica na Tunísia – país de nascimento do general, que viveu em 240 a.C.
Segundo o Le Monde, houve um incômodo em relação ao Denzel Washington, por ser um homem negro, interpretar o Hannibal . Os debates iniciaram nas redes sociais e chegaram até ao Parlamento da Tunísia. “Há um risco de falsificar a história; precisamos nos posicionar quanto a este assunto”, criticou o deputado Yassine Mami.
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Já a Ministra da Cultura da Tunísia, Hayet Ketat-Guermazi, defendeu a produção. “É ficção. É o direito deles fazerem o que eles querem. Hannibal é uma figura histórica e temos orgulho de ele ser da Tunísia. Mas o que podemos fazer? Torço para que eles decidam filmar pelo menos uma sequência do filme aqui, e que a Tunísia volte a ser um cenário de filmes estrangeiros”, afirmou.
Sem data de estreia prevista ainda, a trama do filme irá acompanhar o general Hannibal, que liderou um exército de guerreiros e elefantes através dos Alpes para lutar contra a República Romana durante a Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.).
Interpretar Hannibal é um sonho antigo do ator vencedor do Oscar. No início dos anos 2000, ele já queria seguir com o papel, mas por uma série de questões, envolvendo os estúdios de Hollywood e a própria agenda de Washington, nunca foi possível realizar o longa.