O Festival Feira Preta, considerado o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, anunciou na manhã desta quarta-feira (19) o adiamento da edição de 2025 em São Paulo para 2026 devido à diminuição de patrocínios. No comunicado oficial publicado no Instagram do evento, o texto explica que “a decisão reflete um cenário de retração de investimentos em eventos voltados para a diversidade, com a burocracia das grandes empresas dificultando a liberação de recursos”. Uma edição do festival será realizada em Salvador, em novembro deste ano.
“O adiamento do evento em São Paulo representa uma perda significativa para pequenos empreendedores, artistas e profissionais da economia criativa negra, que encontram no festival um espaço fundamental para visibilidade e desenvolvimento econômico”, afirmu Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, no comunicado. Na última edição, realizada em São Paulo, o festival movimentou cerca de R$ 14 milhões, beneficiando diretamente 170 empreendedores negros e gerando 600 empregos temporários.
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Negociada desde o ano passado, a edição que ocorrerá na cidade de Salvador, em novembro deste ano permanece, levando para a Bahia investimentos já aportados pelo festival. O adiamento da edição paulista, no entanto, representa um desafio para pequenos empreendedores, artistas e profissionais da economia criativa negra, que encontram no festival um espaço fundamental para visibilidade e desenvolvimento econômico.
Estratégias para 2024
Enquanto a edição de São Paulo é adiada, os empreendedores já inscritos seguem em processo de curadoria para possível participação no evento em Salvador. A organização também negocia a realização de eventos ao longo do ano para criar novas oportunidades de negócios. Em junho, o festival estará presente no Women Music Event, com uma feira de produtos e serviços de empreendedores negros.
Para quem já comprou ingressos para a edição de São Paulo, a organização entrará em contato para realizar o estorno dos valores.
“Seguimos firmes no compromisso de criar espaços de potência e visibilidade para o empreendedorismo negro, buscando novos modelos de financiamento e parcerias para garantir a continuidade do festival em sua plenitude, garantindo sua perenidade como uma das mais importantes plataformas de fortalecimento da economia negra”, reforça Adriana Barbosa.
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