O “Encontro Internacional Afro-Feminismos de Abya Yala: uma aposta crítica para o agora” chega ao espaço da Feira Preta com a proposta de dialogar, construir estratégias para o enfrentamento das desigualdades, e um tecer de redes de saberes, de ações e de resistências políticas e culturais que estabelecidas fortalecem e garantem a sobrevivência de traços comuns à experiências da diáspora. A entrada para todas as teias é gratuita e sujeita a lotação e acontece no Sesc 24 de Maio.
Através das experiências de mulheres negras de diferentes origens, culturas, identidades de gênero e dissidências sexuais no ativismo feminista, antirracista e anticolonial na América Latina e Caribe, o encontro busca visibilizar o protagonismo dessas mulheres.
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Em dois dias, 10 pensadoras e ativistas, que refletem experiências e vivências em países como Peru, Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana, Canadá, Trinidad e Tobago e Brasil, no tocante a temas como imigração, segurança, justiça social, representação política, organização popular e comunitária, arte e religiosidade, estarão presentes no evento.
No dia 19, às 14h, tem o “Tecendo Existências e narrando experiências a partir da organização de mulheres negras em Abya Yala“, com Sandra Chagas, ativista lésbica afro-uruguaia, Eliza Pflucker, antropóloga lésbica afro-peruana e Neón Cunha, ativista trans afro-indígena. A mediação será de Danielle Almeida e será apresentado m panorama das diferentes formas de organização política de mulheres negras no contexto de Abya Yala, das lutas pró direitos das pessoas negras LGBTQ+, assim como as alianças entre mulheres negras e indígenas no cone sul do continente.
Já às 21h, “Vozes e corporeidades contra hegemônicas na fé, na luta e nas artes negras em Abya Yala“, com mulheres negras na diáspora que buscaram estratégias de organização e luta a partir de diferentes experiências com o sagrado, nas festas populares, nas artes, na ação política em si. Estarão presentes Yuderkys Espinosa, pensadora e ensaísta contra o racismo, o hetero patriarcalismo e a colonialidade, Shirley Campbell, poeta ativista antirracista e Helena Theodoro, filósofa especialista em religiões de matriz africanas no Brasil. A mediação será de Luciane Ramos.
No dia 20, o tema é “Afro-feminismos antirracistas e justiça social“. Nesse encontro entre Paola Palacios, ativista pró direitos e dignidade das pessoa imigrantes, Eshe Lewis, antropóloga especializada nas análise de como o sexismo e o racismo impactam e perfilam as violências contra as mulheres negras e Nilza Iraci, comunicadora social e coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra, serão apontados horizontes para as lutas por justiça social e dignidade das pessoas negras no âmbito global. A mediação é de Amanda Carneiro.