A advogada criminal Fayda Belo palestrava em um seminário on-line de música negra no último sábado (28) realizado pelo sambista Tunico da Vila, filho de Martinho da Vila, quando um grupo racista interrompeu para ofendê-la com diversas falas racistas, misóginas e até usaram sons de macaco.
Fayda abriu o boletim de ocorrência nesta terça-feira (31), na delegacia de Cachoeiro de Itapemirim (PE) e agora a Polícia Civil investiga o caso e tenta identificar os criminosos, que invadiram a sala virtual com perfis anônimos. Mesmo sendo banidos, eles voltaram para continuar com os xingamentos contra a advogada.
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A advogada precisou encerrar a palestra e a organização do seminário tirou prints dos xingamentos enviados, com frases como “passaram carvão nela” e “reunião de zoológico?”.
Em entrevista a TV Gazeta, filial da Globo, a advogada que atua diariamente com casos de racismo, falou sobre o ocorrido. “Falaram que nós pretos somos imundos. Após isso houve ainda um ataque a mim, enquanto mulher, extremamente baixo e machista, que não posso nem redizer aqui. A ousadia e a certeza de que não vão ser encontrados, de que isso vai ficar impune”.
“Racista tem que responder processo. É um crime muito bárbaro, que tenta colocar a gente, enquanto pessoas pretas, como coisas, como indivíduos, que não somos iguais aos brancos. Temos direitos de estar aqui. Temos uma lei máxima que diz que somos todos iguais. E se alguém diz o oposto, tem que virar réu por isso”, completa.