Mariana Marins, irmã de Juliana Marins, brasileira desaparecida desde sábado (21) no vulcão Rinjani, na Indonésia, pediu cautela com informações não confirmadas sobre o resgate em um vídeo publicado à meia-noite desta segunda-feira (23). Mariana Marins afirmou que a família solicitou a perfis próximos que apagassem stories com dados não verificados e reforçou que qualquer atualização oficial será divulgada primeiro por seus canais. As buscas foram interrompidas devido às condições climáticas do local.
“Da mesma forma que ontem saíram muitas informações supostamente confirmadas por autoridades e que depois se mostraram incorretas, agora há relatos sobre o resgate em andamento que ainda não podemos confirmar”, disse. “Enquanto isso, vamos manter todos informados apenas com o que pudermos comprovar.”
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Em comunicado divulgado ainda nesta segunda, a família acusou as equipes de resgate de lentidão e falta de planejamento. Segundo eles, as buscas avançaram apenas 250 metros em um dia e foram interrompidas novamente por condições climáticas, faltando 350 metros para alcançar Juliana: “MAIS UM DIA SEM RESGATE! Juliana vai passar mais uma noite sem água, comida e agasalhos por negligência!”, dizia a nota.
Em entrevista para o Fantástico no último domingo, a família de Juliana negou informações oficiais de que a jovem teria recebido suprimentos e afirma que vídeos divulgados como sendo do resgate são “forjados”. Mariana Marins afirmou ao Fantástico que as autoridades indonésias repassaram informações incorretas e que a embaixada brasileira não verificou os fatos antes de divulgá-las. Vídeos mostram a região coberta por névoa, o que tem dificultado as buscas.
Juliana, de 26 anos, caiu cerca de 300 metros da trilha principal durante uma excursão de três dias no Monte Rinjani. Ela foi avistada por turistas via drone no sábado, mas o resgate enfrenta dificuldades devido ao terreno acidentado e às condições climáticas adversas.
O guia Ali Musthofa, que acompanhava o grupo, negou ter abandonado a brasileira e disse que acionou o resgate assim que percebeu o acidente. A família, no entanto, sustenta que ele a deixou sozinha após ela reclamar de cansaço.
A trilha segue aberta a turistas, enquanto Juliana permanece desaparecida. A embaixada do Brasil enviou dois funcionários para acompanhar o caso. O governo indonésio não se pronunciou sobre as acusações de negligência.
As buscas devem ser retomadas nesta terça-feira (24), dependendo das condições do tempo. A família cobra urgência, já que Juliana está há quatro dias sem assistência.