O empresário Fábio Almeida, representante de artistas como Claudia Leitte e Carlinhos Brown, foi expulso duas vezes do Camarote Salvador, em Ondina, na capital baiana, durante a terça-feira de Carnaval (4), após se envolver em brigas e proferir ofensas racistas contra funcionários do local. As informações foram divulgadas pela colunista do Metrópoles, Fábia Oliveira, e confirmadas por testemunhas e registros policiais.
A primeira confusão ocorreu na área VIP do camarote, quando Almeida se desentendeu com Ana Raquel, diretora de jornalismo da Rede Bahia. Insatisfeito com uma matéria veiculada sobre Claudia Leitte, o empresário teria partido para cima da jornalista, proferindo ofensas e apertando sua mão com força, além de apontar o dedo em seu rosto. Ana Raquel confirmou o ocorrido a pessoas próximas, e outra jornalista, que também foi abordada de forma agressiva, estaria preparando uma denúncia.
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Horas depois, Almeida se envolveu em um novo conflito, desta vez com seguranças do camarote. O motivo foi a tentativa de seu agenciado, o DJ Felipe Poeta, de sair do local com brindes pelo portão destinado aos artistas. Ao ser informado de que a ação não era permitida, o empresário iniciou uma discussão com um dos seguranças, proferindo ofensas racistas, como “preto arrogante” e “preto sujo”, e agredindo o funcionário com tapas no peito. Testemunhas relataram que o segurança revidou com um soco no rosto de Almeida, que foi contido e expulso do local.
No entanto, o empresário conseguiu retornar ao camarote pela entrada de convidados e, já dentro do espaço, repetiu o comportamento agressivo. Desta vez, ele teria direcionado ofensas racistas a outro funcionário, que havia assumido o posto do colega agredido. Novamente, Almeida deu um tapa no peito do segurança e foi atingido por um soco no rosto, caindo ao chão. Ele foi expulso pela segunda vez e, segundo testemunhas, parecia embriagado e descontrolado.
Um dos funcionários agredidos registrou um boletim de ocorrência por injúria racial contra o empresário, com base no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal. A denúncia também foi formalizada na Secretaria Municipal da Reparação (Semur). O outro funcionário, no entanto, preferiu não prestar queixa.