Mundo Negro

“Ele só queria poder dançar’: Jovem negro perde a vida após enfrentar bullying e homofobia em escola de elite

Foto: QCity Metro

Alerta gatilho!

Um adolescente negro da cidade de São Paulo perdeu a própria vida após ser vítima de bullyng e homofobia por colegas de escola. O nome dele era Pedro, um aluno do 9º ano do Colégio Bandeirantes. A assessoria de imprensa da instituição confirmou o caso.

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O tio do jovem, Bruno de Paula, utilizou seu perfil no Linkedin para pedir justiça, destacando o que ele classifciou como ‘descaso do colégio’. “Pedro era um menino de 14 anos, negro, periférico e gay, que sucumbiu. Não suportou as ‘brincadeiras’ dos ‘colegas’. Nos dias de hoje, há quem diga que ‘não se pode falar mais nada’ porque, afinal de contas, ‘a vida está muito chata’, mas o que se diz pode levar pessoas embora. Perdemos o Pedro para o bullying, para a homofobia e, principalmente, para o descaso do colégio. A coroa de flores enviada com o clássico e-mail de pesar não tem significado para a família que enterra um jovem“, declarou. “O
Bandeirantes disse que a situação ‘aconteceu fora das dependências do colégio’, isentando-se de qualquer responsabilidade e, como sempre, colocando-se ‘à disposição da família’. Agora?”.

Em nota, o colégio Bandeirantes declarou que ‘tudo aconteceu fora das dependências da escola’. “A direção e toda a comunidade escolar estão profundamente abaladas por essa perda irreparável. Neste momento, a prioridade do colégio é oferecer todo o apoio e assistência necessários à família do aluno e aos colegas e amigos impactados por essa tragédia”, disse, em nota.

No entanto, o tio nega que a escola tem apoiado a família. “Recebemos uma coroa e uma nota de pesar. Nada além disso. Não houve uma ligação sequer“, lamentou.

Em luto, Bruno de Paula, citou a ‘crueldade da homofobia e o desrespeito de classes’. “Que conduta o colégio tomará para evitar que outros Pedros nos deixem de forma tão trágica? Como um colégio de ricos, feito para ricos e por ricos aborda a situação do bullying? Pedro só queria poder dançar livremente. O que acontecerá depois da missa de sétimo dia do Pedro? Quantos outros Pedros se calarão, talvez para sempre, frente à crueldade da homofobia e do desrespeito de classes?“, escreveu ele.

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