Mundo Negro

Deputadas estaduais denunciam revista discriminatória no aeroporto de Guarulhos

Foto Ediane Maria: Reprodução/Instagram | Foto Andréia Jesus: Geraldo Magela/Agência Senado | Foto Leninha: Ramon Bitencourt/ALMG

Três deputadas estaduais — duas de Minas Gerais e uma de São Paulo — denunciaram ter sido vítimas de racismo durante o desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na sexta-feira (11). Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG) relataram ter passado por uma revista discriminatória ao retornarem de um evento no México.

As parlamentares participavam do Painel Internacional de Mulheres Afropolíticas. Segundo Ediane, após passarem pelo scanner corporal, agentes federais as retiraram da fila de desembarque e as levaram para outra área da alfândega, sem solicitar documentação. “A revista aleatória, que de aleatória não tem nada, é mais uma prática discriminatória e racista. Eu estava na fila com mais duas deputadas, e, de todos os passageiros, só nós, três mulheres negras, fomos escolhidas”, relatou Ediane.

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As três registraram um boletim de ocorrência por racismo e pretendem acionar a ouvidoria da Polícia Federal e outras autoridades. A PF afirmou que as deputadas não foram abordadas por seus agentes. Já a Receita Federal, responsável pela fiscalização aduaneira, disse em nota que vai apurar o caso e que 21 passageiros (18% do voo) foram selecionados para inspeção indireta.

Em publicação no Instagram, Andreia de Jesus criticou a abordagem: “Entre centenas de passageiros, só nós fomos selecionadas. É a lógica do ‘suspeito padrão’ que continua operando com pretas e pretos. Racismo é crime”.

As imagens do procedimento serão analisadas pela Corregedoria.

Com informações do g1.

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