Mundo Negro

Defensora pública chama entregador de ‘macaco’ em condomínio de luxo de Niterói

Foto: Reprodução.

Nome da agressora não foi divulgado.

Uma defensora pública aposentada está sendo investigada pelo crime de injúria racial. Isso porque ela agrediu com insultos racistas o entregador Eduardo Pessanha Marques, em um condomínio de luxo em Niterói, no Rio de Janeiro.

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O caso aconteceu no último final de semana e ganhou repercussão nas redes sociais após a divulgação do vídeo que registra os insultos, gravado pelo Eduardo.

Segundo Jonathas Mendonça, assistente de Eduardo, por volta de 15h30, eles estavam no condomínio para deixar uma encomenda e estacionaram em frente à casa da defensora pública, local da entrega. Ela teria pedido para que eles retirassem o veículo para sair com seu carro, mas Jonathan não sabe dirigir, e explicou que o motorista , que estava fazendo entrega em outra casa, já estaria de volta.

“Ela então começou a ofendê-lo, o chamando de ‘otário, babaca e idiota’ e ainda jogou uma pedra na van e tentou quebrar o retrovisor”, disse Joab Gama, advogado que representa as vítimas em entrevista ao UOL. Segundo o advogado, foi neste momento que o motorista voltou e a situação se agravou.

“Ele pegou o celular para gravar, porque ela estava jogando objetos na van. Para ele se resguardarem caso o veículo sofresse algum dano, ele gravou. Quando ele começou a gravar a senhora, que é uma defensora pública aposentada, o chamou de ‘macaco’. Agora estamos acompanhando as investigações”, disse.

Eduardo disse, em entrevista, que a situação desperta um misto de sensações. “Um sentimento de humilhação, misto de raiva, de a gente ser inofensivo diante do que essas coisas que acontecem bastante no nosso dia a dia. A gente se sente sem poder de reação. Eu desejo que ela assista o vídeo e reflita bastante sobre a atitude dela”, disse.

Para Jonathas, a situação é uma humilhação para ele e para sua família. “Não tem palavras para descrever esse ato. Quem tá ali, quem tá sofrendo a injúria racial é difícil se controlar. Minha mãe me vendo ser discriminado enquanto eu estava apenas fazendo meu trabalho, é uma humilhação para minha família também”.

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