Mulher, mãe e empreendedora. É assim que Ana Cláudia Silva, de 35 anos, se apresenta. A segunda colocada do Masterchef 2020 dessa semana é fundadora da Afra, marca com produtos escolares com foco na diversidade étnica e inclusão racial das crianças e adolescentes no ambiente escolar. A ideia é trazer identidade ao mercado de papelaria e progresso nos índices de ensino das crianças negras dentro das escolas.
No reality de culinária, Ana fez valer a cozinha raiz, algo que ela aprendeu ainda bem pequena, com sua mãe. “Participar do Masterchef foi uma experiência onde eu pude mostrar uma culinária que eu já tinha desde a minha infância. Cozinhar sempre foi um hobby e depois dos filhos (três), virou uma obrigação também. É uma atividade que eu tenho na minha rotina diária. Foi a minha mãe que me ensinou a cozinhar. Desde muito nova, eu já ajudava em casa”, lembra Claudia.
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Um dos destaques da atração, a pedagoga acredita que ser uma mulher negra no Masterchef significa representar muitas outras:
Responsabilidades e desafios sempre foram a força de Ana. Principalmente quando ela enfrentou uma grave depressão, em 2017. “Eu trabalho com pedagogia e tive um período complicado no sentido emocional. Resolvi voltar a estudar e descobri o afroempreendedorismo. Depois de muita pesquisa, em setembro de 2018, criei a minha marca, onde ofereço tanto linha de vestuário profissional voltado principalmente para professores, como uma linha de papelaria que trabalha a diversidade. Sempre achei péssimo os meus filhos não acharem um caderno ou uma mochila, por exemplo, que não tivesse qualquer referência com os traços negros deles. Então, eu resolvi criar”, lembra Ana, que finaliza.