Em uma parceria entre a prefeitura e o Governo Federal o Plano Juventude Viva foi lançando oficialmente em São Paulo nesta sexta-feira (25/10). O plano envolve reunindo 56 programas e ações de 13 Secretarias Municipais e 11 Ministérios do Governo Federal, com recursos previstos da ordem de R$ 162 milhões.
, As ações para reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e criar estratégias de prevenção à violência vão contemplar Dez Distritos e oito Subprefeituras de São Paulo, incluindo Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim Ângela e Jardim São Luís (em 2013), Brasilândia, Pirituba, Jardim Helena, Itaim Paulista, São Mateus e Itaquera (em 2014).
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Na abertura do evento, Severine Macedo explicou a estrutura do Plano, destacando que a iniciativa é resultado das reivindicações da sociedade civil, em especial dos jovens, que colocaram essa questão como prioritária nas duas Conferências Nacionais de Juventude, realizadas em 2008 e 2011. “A gente sabe que essas desigualdades atingem mais uns que outros, atinge o nosso povo negro, sobretudo os jovens, e isso faz com que ainda tenhamos uma dívida enorme a ser saldada”.
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde mostram que 26.854 jovens entre 15 e 29 anos foram vítimas de homicídio em 2010, o que representa 53,5% do total dos homicídios. Entre os jovens assassinados, 74,6% eram negros.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, divulgado no dia 17/10, revela que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco. Segundo o estudo, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações da polícia, mas que reflete “o desvio comportamental presente em diversos outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros”.
O Juventude Viva tem por meta mudar essa realidade. O Plano reúne ações voltadas para a prevenção, visando reduzir a vulnerabilidade dos jovens às situações de violência física, por meio da inclusão social, conquista de autonomia, oferta de equipamentos e serviços públicos, além do aprimoramento da atuação do Estado no enfrentamento ao racismo institucional