Mundo Negro

Coletivamente, diretores da Fundação Palmares se demitem por insatisfação com a gestão

Reprodução/Google fotos

Desde que assumiu a Fundação Palmares, em 2019, Sérgio Camargo é alvo de críticas por ignorar o período de escravidão e dizer que ‘não existe racismo’, contudo, dessa vez o problema que atingiu a administração da fundação é diferente dos argumentos de seu presidente.

Coletivamente, Gestores dos principais departamentos da Fundação Palmares entregaram os cargos nesta quinta-feira (11)  por falta de diálogo e insatisfações com Sérgio Camargo. Os gestores estavam nas funções há cerca de um ano e foram escolhidos por Camargo por apresentarem perfis mais conservadores.

Notícias Relacionadas


A lista inclui Ebnézer Nogueira, diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afro Brasileira, Roberto Castelo Braz, coordenador geral de Gestão Interna e Raimundo Chaves, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e referência da Cultura Negra.

“Como diretores e coordenadores dos departamentos que compõem a instituição, fomos voto vencido mesmo sendo a maioria em decisões cruciais ao bom andamento de projetos, ações de mudança de sede e demais políticas públicas que poderiam ser entregues à população até este momento”, diz um documento entregue ao presidente da Fundação, Sérgio Camargo.

O documento falado acima foi um comunicado em formato de carta, na qual, os gestores afirmam que os três afirmam que tiveram as decisões ignoradas após “inúmeras tentativas de interlocução com a presidência”. Ao mesmo tempo, segundo os diretores, pessoas que não integravam a diretoria  participavam de reuniões e influenciavam as decisões internas do órgão.

As demissões representam a saída de praticamente todo o colegiado da Fundação Palmares. Coordenadores da instituição, que preferiram ter os nomes preservados, afirmaram a um repórter do veiculo CNN que um outro diretor também deve pedir demissão em breve, mas ainda não comunicou a saída para não deixar os trabalhos “sem o comando de ninguém”.

“Coerentes com nossos princípios morais e políticos, tomamos uma difícil decisão de desligamento de nossos cargos por não encontrarmos mais viabilidade de diálogo entre os diretores e o Presidente”, concluíram na carta entregue.

Segundo os relatos, o estopim veio por divergências em relação à mudança da sede da Fundação em Brasília. Sob a justificativa de deixar de pagar R$ 2,3 milhões de aluguel por ano, Sérgio Camargo anunciou a transferência para um prédio público no fim de 2021.

O novo espaço, no entanto, precisa de reformas e o projeto ainda não saiu do papel. Há mais de três meses servidores da Fundação permanecem num espaço provisório, mas o aluguel da sede original continua sendo cobrado. 

Fonte: CNN News

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments

Sair da versão mobile