Eles não são uma necessidade primária, mas uma recompensa, afinal, trabalhar tem que ser mais do que pagar as contas. Os clubes de assinaturas são aqueles serviços que você paga uma mensalidade para uma empresa que selecionará um número X de produtos, que vão de alimentos, bebidas e cosméticos, e mandam tudo, bem embaladinho para sua casa. Essa onda nem é novidade no Brasil, mas a inovação vem agora com o público que esse tipo de negócio quer atingir: nós, pessoas negras.
Nos EUA a revista Essence criou a Essence Box, uma caixa com cosméticos feitos especificamente para mulheres negras. No Brasil temos a Glambox, como um dos principais clubes de assinatura de cosméticos do país, mas quando a curadoria dos produtos não tem mulheres negras no processo, acontecem coisas como, vir uma caixa com produtos para cacheadas e não crespas, tons de maquiagem equivocados e até cremes clareadores.
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Aqui no Brasil, a Afrô foi o primeiro serviço de assinaturas focado nas afro-brasileiras. Nele, a cliente preenche um perfil de beleza com suas características físicas e preferências e a empresa monta uma caixa personalizada contendo de 5 a 8 produtos entre amostras, miniaturas e produtos full, que são os semelhantes ao que compramos nas lojas. O feedback da cliente pode ser revertido em vantagens. Makeda, Negra Rosa, L´oreal, Avon, e Salon Line são algumas das marcas parceiras do projeto.
O Clube da Preta vem com a mesma proposta de produtos selecionados por uma curadoria especializada, porém o que eles entregam são roupas de estilistas afro-brasileiros e o fator numeração e satisfação dos clientes são levados a sério. Quem explica a estratégia é Bruno Brigida, CEO do Clube da Preta. “Nossos clientes preenchem um perfil bem detalhado, com perguntas que nos permitem saber seu estilo e também a numeração. Caso a roupa não sirva, ele entra em contato com a gente e trocamos pelo mesmo produto, ou algo similar, e pagamos o frete da troca”.
Aquecendo o mercado negro
Em parceria com o DataPopular, uma pesquisa da Secretaria de Assuntos Estratégicos, do Governo Federal, revelou que os negros formam 53% da classe média brasileira (grupo C). Os dados são de 2016. Os afro-brasileiros desse grupo apresentam um rendimento total de R$ 352,9 bilhões , quase o dobro que uma década atrás mostrando a força de um da comunidade negra como consumidores.
Prestigiar iniciativas como essas, incentiva o chamado “Black Money”, onde a comunidade negra, torna projetos voltados para ela, sustentáveis. O conceito For Us By Us, já consagrado nos EUA e traduzido para cá como o “Nós por Nós”, é fundamental para consolidação do empreendedorismo afro-brasileiro.
Gostou das iniciativas? Veja como assinar.
www.afroboxclube.com
Tem planos mensal, semestral e anual a partir de R$ 52,90
www.clubedapreta
Plano Mensal e Trimestral a partir de R$ 167