Parceria entre Apan e Cultne firma elo entre a memória e o futuro do cinema e do audiovisual negros no Brasil
Pensar Memória e Futuridades é o mote da terceira edição do Festival Internacional do Audiovisual Negro no Brasil (Fianb), que este ano propõe pensar “O audiovisual negro como um espaço de uma convocação para a vida”, entre os dias 23 e 27 de novembro, em São Paulo.
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O Cultne, maior acervo digital de cultura negra da América Latina, se soma ao Festival, por meio da presença marcante de Filó Filho, idealizador e diretor do acervo que também é uma TV digital.
Com seu trabalho, Filó e uma equipe de profissionais, registraram momentos muito importantes da história do povo negro brasileiro, como a Conferência de Durban, em 2001. O acervo guarda também depoimentos de grandes pensadoras e pensadores negros como Lélia González, Abdias do Nascimento e muitos outros.
“É um encontro da minha geração com a geração de jovens profissionais do audiovisual negro, e todos nós buscamos o letramento audiovisual, que eu fui buscar dentro da memória pública e hoje é construída de formas muito mais diversas.. Então, isso é muito importante, estar trocando conhecimento e perspectivas das formas de fazer e pensar o audiovisual negro, porque é firmar um momento de transformação da linguagem e do cinema brasileiro operado pelo nosso protagonismo”, destaca Filó, que, na programação, vai apresentar uma masterclass sobre Memória e História Pública.
Dando um salto para o futuro desejado, a Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), que realiza o Festival, deseja que o entendimento e reverência a quem veio antes, o conhecimento de caminhos, ferramentas e pontes entre realizadores do Audiovisual negro no Brasil e políticas públicas garantam espaços de protagonismo ao ecossistema do cinema negro no País.
“A APAN tem como missão a articulação permanente da pluralidade do audiovisual negro feito hoje, em todos os cantos do país. Esse movimento de ampliar um seminário para a proposição de um festival só é possível na interlocução com entidades como a Cultne e com diálogos internacionais, como o iniciado este ano com o Steps-Afridocs”, diz Rodrigo Antonio, presidente executivo da APAN.
“É do encontro dessas múltiplas metodologias de afirmação das narrativas negras que a gente constrói formas de incidência social conectadas com o momento político do país e, principalmente, de transformação da percepção do mercado em relação às narrativas negras”, conclui.
Formativas
O Fianb conta com uma rica programação formativa em três espaços da cidade de São Paulo. Confira:
Dia 24/11 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca
10h -12h – Painel 1 – Grace Passo, Janaina Oliveira e Tatiana Carvalho
Dia 25/11 – Centro Cultural São Paulo
10h – 12h – Painel 2 – Mercado Audiovisual e Equidade Racial
Tom Pinheiro, Maria Shu e Gleidson Mercês – Mediação Janaina Oliveira ReFem
18h30 – Painel 3 – Tecnologias ancestrais, as construções políticas do movimento negro no contemporâneo.
Nathalia Carneiro e Sil Bahia – mediação Joyce Prado.
Dia 26/11 – Centro Cultural São Paulo
14h – 16h Mesa 4 – Cinema especulativo no cinema negro brasileiro
Kênia Freitas, Yuri Costa, Eric Paiva – Mediação Kariny Martins
Dia 26/11 – Ibira Laqb Cine
15h – 17h Mesa 05 Cineclubismo e a difusão do cinema negro no Brasil com Clemenno JR, Pâmaela Ohnitram, Daniel Fagundes, mediação Thais Scarbio
Dia 27/11 – Centro Cultural São Paulo
15h – 17h – Mesa 6 A comunicação pública como janela de conexão das diásporas.
Jeã Santos, Joel Zito Araújo, Rita Freire, Rodrigo Antônio
SERVIÇO – 3º Fianb – Festival Internacional do Audiovisual negro no Brasil
Datas: De 23 a 27 de Novembro
Locais – São Paulo/SP
Mostra internacional, Mostra Nacional e debates – Centro Cultural São Paulo