Nesta quinta-feira (10), o Ministério Público de São Paulo comandou uma operação em oito estados para apreender provas por crimes de racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho. Os suspeitos foram levados ao Ministério Público para se explicarem. As informações foram divulgadas pelo Jornal Hoje, da TV Globo.
Os policiais entraram pelos fundos da casa e apreenderam o computador do auxiliar de produção Kaíque Batista, de 21 anos. Ele disse que não publicou nada no seu perfil.
“Não, meu grupo não, agora, o grupo que publicou, eu sei quem foi, e eu vou falar. Não vou segurar o rojão de ninguém.
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Ainda de acordo com a reportagem do JH, só nessa fase a justiça determinou 25 mandados de busca e apreensão em oito estados.
Em Fortaleza, foram apreendidos quatro celulares e um notebook. O suspeito foi convidado à prestar esclarecimentos, mas se recusou e agora vai ser notificado formalmente para conversar com os promotores. O perfil era falso e foi apagado.
“Logo em seguida a injúria que o caso veio à tona, o perfil foi desativado mais isso não impede evidentemente de se chegar, de se identificar a localização exata de onde saiu essa mensagem criminosa”, explica o promotor de justiça Manoel Epaminondas.
Um dos líderes dos ataques foi encontrado em casa, em Sorocaba, no interior de São Paulo. No celular dele os promotores encontraram outros grupos com mensagens racistas. A polícia de Rio Verde, interior de Goiás, descobriu que parte dos ataques partiu de um adolescente de 16 anos.
No Ministério Público de São Paulo Kaíque falou o que sabia sobre outros suspeitos. Ele apontou para o promotor os grupos que escrevem mensagens racistas. Disse que na internet, eles se envolvem nesses crimes porque consideram a rede uma terra sem lei.
Para reportagem do noticiário global o juiz disse “que não é bem assim” e que os agressores identificados deverão responder pelos crimes de injúria, racismo e organização criminosa que podem ir de dois a cinco anos de prisão.