Mundo Negro

“Cartas Para”: documentário leva vozes de Elisa Lucinda, Paulina Chiziane e Raquel Lima ao Festival do Rio

Elisa Lucinda (Foto: Divulgação)

O documentário ‘Cartas Para’, dirigido por Vânia Lima, será exibido na mostra “Première Brasil: Novos Rumos” do Festival do Rio. O filme acompanha as escritoras Elisa Lucinda (Brasil), Paulina Chiziane (Moçambique) e Raquel Lima (Portugal) na troca de cartas que atravessam o Atlântico e revisitam a história colonial. A produção revela desejos, dores e resistências de escritoras negras em diferentes países da lusofonia, em uma narrativa que mistura som, espiritualidade e corpo para desafiar o racismo, o machismo e a xenofobia.

A première acontece no dia 5 de outubro, em sessão para convidados. O público poderá assistir ao filme no dia 6, às 16h15, no Estação Rio 5, com debate após a sessão, e no dia 7, às 18h, no CineCarioca José Wilker 1. Os ingressos estarão disponíveis no site ingresso.com a partir do dia 30 de setembro.

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Paulina Chiziane (Foto: Divulgação)

“Todo poeta está escrevendo uma carta, um bilhete. Mesmo que seja para si mesmo. Mesmo que seja para o imaginário. Nunca é sem remetente”, afirmou a poetisa e atriz Elisa Lucinda, no filme.

“O poder de uma voz não conhece fronteiras e atravessa espaços e tempos. (…) Para ter voz, é preciso lutar por ela e conquistá-la”, escreveu Paulina Chiziane, a primeira mulher negra a publicar um romance em Moçambique e a primeira africana a receber o Prêmio Camões (2021), em carta para poetisa e ativista portuguesa Raquel Lima, revelada no filme.

Raquel Lima (Foto: Divulgação)

Para Vânia Lima, a experiência foi transformadora: “Acho que contamos uma história juntas, um filme com elas e não sobre elas. Foi uma experiência que mudou a minha forma de dirigir e de pensar documentário. O filme me ensinou a aceitar a força das histórias que ganharam vida própria durante a sua realização. O Festival do Rio será um primeiro encontro com o público, estou ansiosa e grata pela seleção em um dos maiores e mais tradicionais festivais do Brasil.”

Com mais de 30 projetos no currículo e 25 anos de atuação com o Grupo Têm Dendê, a diretora é uma das vozes mais ativas do audiovisual brasileiro. O filme conta ainda com Keyti Souza e Taguay Tayussy na produção executiva, Bruno Ramos na direção de produção e Cláudio Antônio na direção de fotografia, reunindo equipes do Brasil, Moçambique e Portugal para celebrar narrativas negras e descentralizadas.

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