“Pretos que voam” : projeto contribuiu na formatura da primeira turma de comissários negros

Só quem se deparou com comissários negros durante uma viagem sabe como é gostoso ver gente como a gente em espaços tão embranquecidos como aeroportos. O coletivo Quilombo negro mapeia e potencializa os profissionais negros que escolheram essa profissão, mas que também lidam com o racismo, inclusive de passageiros.

Em um feito inédito 10 alunos do projeto “Pretos que voam”, idealizado pelo Quilombo Aéreo se formaram no dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. A cerimonia foi realizada em Porto Alegre. A duração do curso desses profissionais durou 9 meses.

Como presente de formatura os formandos ganharam uma viagem para conhecer companhia aérea Gol.

Na visita, os novos funcionários receberam uma aula sobre aviação, uniformes, curso de língua estrangeira e o pagamento da taxa das provas junto à Agência Nacional de Aviação (ANAC). Além disso, aprofundaram seus conhecimentos sobre o mundo da aviação, visitaram o centro de memória da Companhia, sala de operações, sala de treinamento de Comissários e puderam tirar dúvidas com os executivos presentes. Os alunos também foram convidados a participarem do próximo processo de seleção de tripulação comercial e técnica, ainda sem data definida

Na ocasião, o presidente da GOL recebeu Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas, e debateram com os convidados a presença de pretos na aviação civil.

Companhia aérea fala sobre diversidade / Foto: Gol

“É muito importante que outras empresas sigam o exemplo da GOL e adotem políticas que incorporem os negros nas Companhias. Temos que assumir que o problema existe e que queremos mudanças, tanto na fala, na postura, na decisão. É possível mudar o mundo por meio do diálogo aberto”, garante Preto Zezé.

A GOL garante o propósito de ser a “Primeira para Todos”, discurso alinhado ao posicionamento de diversidade da Companhia, que é “Feita por Todos, para Todos, e com Todos Juntos”.

Escola de aviação Civil Antirracista

Kenia Aquino, um das idealizadoras do projeto “Pretos que voam”, disse que a meta agora é ir mais longe e oficializar espaços de educação de comissários por meio de uma escola. “Agora que eles terminaram sua formação, estamos buscando um voo ainda mais alto. Pretendemos nos tornar a primeira escola de aviação civil antirracista”, explica a comissária.

Para alcançar esse objetivo eles estão buscando arrecadar fundos por meio de um financiamento coletivo. A meta é arrecadar R$ 90 mil. Quem quiser contribuir com essa iniciativa tão especial clique aqui.

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