CSW 68: Natalia Paiva, Diretora Executiva do Mover, alerta sobre riscos anti-ESG e destaca importância do coletivo na promoção da diversidade nas empresas

Enquanto o mundo acompanha uma reação anti-ESG em diferentes setores que pode impactar negativamente os avanços na área de Diversidade e Inclusão, a 68ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW), promovida pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, que está acontecendo em Nova York, nos Estados Unidos, reúne lideranças femininas que estão pensando sobre estratégias para que o mundo cresça em acesso e oportunidades, em especial, para as minorias sociais. Diretora Executiva do Movimento pela Equidade Racial (Mover), Natália Paiva, falou sobre a importância do coletivo nesse processo para que essa agenda continue gerando impactos positivos dentro das empresas.

Na tarde da última quinta-feira, Natália Paiva integrou a mesa temática “Lideranças Femininas: Desafio e Boas práticas no setor privado brasileiro”, onde alertou para o risco do movimento anti-ESG: “Tem esse fato de diminuição da pauta ESG como um todo e dentro dela está a diversidade e com seus diversos recortes. Então é um alerta para gente repensar as estratégias e pensar principalmente como que no coletivo a gente vai ganhar mais força, que é uma das propostas do Mover. A gente precisa muito pensar em estratégias para seguir impactando”.

“Porque o que um CEO pensa ao investir em diversidade? O risco e o retorno. É um risco não investir e tem um potencial retorno ao ter esse investimento. E está diminuindo o risco. O risco está, inclusive, indo para o outro lado, principalmente de empresas que tem sua sede aqui nos Estados unidos, que é o epicentro desse novo backlash (Anti-ESG)”, detalhou.

A Diretora Executiva também reforçou a importância de acompanhar os movimentos anti-ESG para desenvolver estratégias mais assertivas para comunicar os benefícios da diversidade dentro das organizações: “Então é importante a gente ter ciência disso e é importante pensar em estratégias que passem inclusive por novas narrativas. Então como a gente consegue reposicionar ou comunicar de maneira diferente a pauta de diversidade para a gente seguir dentro de um quadro que é necessário que a gente tenha? Do ponto de vista do Mover, qualquer pessoa negra é elegível a alguns programas do Mover, que vai desde bolsa de inglês. Esse ano a gente vai disponibilizar 50 mil bolsas de inglês, programas de formação de liderança, além de programas presenciais, que são programas de longo impacto, qualquer pessoa pode se inscrever”.

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