A Bienal de São Paulo acaba de anunciar o nome do curador de sua próxima edição. O camaronês, radicado em Berlim, na Alemanha, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung deve assinar a curadoria da 36° edição, prevista para acontecer no segundo semestre de 2025, de acordo com anúncio feito pela Fundação Bienal de São Paulo na manhã desta terça-feira, 02.
“Dizer que estou feliz por ser nomeado curador geral da Bienal de São Paulo seria pouco. Estou emocionado, honrado e grato por embarcar nessa jornada com um time de cocuradores e com a brilhante equipe da Bienal de São Paulo liderada pela presidente Andrea Pinheiro. A Bienal de São Paulo não é apenas uma das bienais mais antigas e importantes do mundo, mas, como uma das poucas bienais de entrada gratuita, ela provou ser uma bienal do povo e para o povo nos últimos 73 anos”, comentou Ndkung em nota compartilhada pela fundação Bienal. Ele deve apresentar seu projeto curatorial no segundo semestre deste ano, junto à sua equipe curatorial.
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Nascido em Yaoundé, no Camarões, Ndikung possui um trabalho extenso no universo das artes, atuando como curador da Bienal de Arte Contemporânea Africana (Senegal) e da Bienal de Veneza (Itália), onde foi cocurador do Pavilhão Finlandês em 2019 e membro do júri em 2022. Além disso, foi nomeado diretor artístico do sonsbeek20->24, nos Países Baixos.
Bonaventura Soh Bejeng Ndikung é diretor fundador do SAVVY Contemporary, um espaço de arte e plataforma cultural que foi fundado em 2009 em Berlim, que realiza exposições, discussões, eventos culturais, educacionais e encontros comunitários. A organização tem como objetivo explorar e entender as diferentes concepções e sistemas éticos entre o Ocidente e o não-Ocidente, assim como suas conquistas e desafios.
Ndikung mudou-se para Berlim, na Alemanha, em 1997, onde estudou na Technical University of Berlin (TU), fez um doutorado em biotecnologia médica pela Heinrich-Heine-Universität Düsseldorf/TU Berlin e um pós-doutorado em biofísica pela Université de Montpellier, França. Sua experiência científica está entrelaçada com seu compromisso com a arte contemporânea, e ele se destaca como um curador inovador e prolífico escritor, segundo o site da Fundação. Ele participou como convidado da sétima edição da Festa Literária das Periferias (Flup), em 2018, e em 2022, esteve na Conferência Internacional de Museus, ambos eventos realizados no Rio de Janeiro.